O dólar à vista opera em queda moderada nesta terça-feira, após oscilar nos primeiros negócios. O alívio acompanha a queda do dólar e dos juros dos Treasuries no exterior, com investidores à espera de dados de inflação ao produtor (PPI) dos EUA e comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que na semana passada começou a reverter sua agressiva política de estímulos monetários.
No entanto, a queda ante o real é limitada pela incerteza dos investidores sobre a votação de destaques e do texto da PEC dos Precatórios em segundo turno na Câmara hoje. Os investidores também acompanham o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da liminar da ministra Rosa Weber, que determina a suspensão temporária de repasses feitos pelo governo Jair Bolsonaro a parlamentares da base aliada por meio do orçamento secreto.
Para a votação da PEC hoje, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), liberou que parlamentares gestantes ou aqueles com problemas de saúde participem de votações da Casa de maneira remota. O ato pode ajudar a formar a maioria necessária de 308 votos para aprovar o texto, em um cenário no qual parlamentares podem mudar o posicionamento adotado no primeiro turno, quando a PEC foi aprovada por 312 a 144.
Sobre o orçamento secreto, quatro ministros do STF já votaram a favor da suspensão dos repasses parlamentares feitos por meio de emendas de relator, esquema revelado pelo Estadão/Broadcast em maio. Não há, até agora, nenhum contrário ao veto dos repasses.
Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou em cinco das sete capitais pesquisadas na primeira quadrissemana de novembro, na comparação com o fechamento de outubro.
Às 9h29 desta terça, o dólar à vista caía 0,21%, a R$ 5,5293. O dólar futuro para dezembro recuava 0,40%, a R$ 5,5495.
(Estadão Conteúdo)