O dólar opera em queda nesta sexta-feira (4), após fortes ganhos registrados na véspera, em meio a um cenário de maior otimismo no exterior e com os investidores de olho também na cena política doméstica.
Às 9h34, a moeda norte-americana caía 0,17%, cotada a R$ 5,4399, caminhando para fechar a semana em baixa. 
Na quinta-feira, o dólar fechou em alta de 1,47%, a R$ 5,4491. Na parcial da semana, tem queda de 0,39%. No ano, no entanto, acumula alta de 5,05% no ano.
O Banco Central fará nesta sexta-feira leilão de swap tradicional para rolagem de até 16 mil contratos com vencimento em junho e outubro de 2021, destaca a Reuters.
Cenário
No exterior, os investidores aguardam relatório sobre criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos, que pode fornecer sinais de que o pior da turbulência no mercado de trabalho ficou para trás após a economia perder postos em dezembro.
“Os mercados globais amanhecem em alta nessa sexta-feira, seguindo sinais de progresso na distribuição de vacinas e aumento nas esperanças de estímulo nos EUA, levando os investidores a ficarem mais otimistas com uma retomada da economia global”, escreveram os analistas da corretora Rico.
Por aqui, o Indicador Antecedente de Emprego, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostrou que a tendência de recuperação do emprego, iniciada em julho, perdeu força em janeiro. Já o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 2,91% em janeiro, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando havia registrado taxa de 0,76%. Em 12 meses o índice acumula alta de 26,55%.
No Brasil, a semana tem sido marcada pela reação positiva dos mercados ao cenário político em Brasília, com a eleição de uma liderança alinhada ao governo no Congresso sendo vista como potencial impulso para a agenda do presidente Jair Bolsonaro.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (4) que o auxílio emergencial pode voltar a ser pago, mas, desta vez, para metade dos beneficiários que receberam o pagamento em 2020. Ele destacou, porém, que a retomada depende de “cláusulas necessárias, dentro de um ambiente fiscal robusto”.
As discussões em torno de uma prorrogação do auxílio emergencial é acompanhada com cautela pelos investidores, com temores de que esses gastos estressem ainda mais a situação fiscal do país.
Os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado comprometeram-se na quarta-feira a avaliar uma forma de retomar o auxílio emergencial, respeitando o teto de gastos. (G1)