O dólar opera em alta nesta sexta-feira (22), diante de renovadas preocupações fiscais e uma nova onda de aversão a risco no Brasil.
Às 9h03, a moeda norte-americana subia 0,7%, vendida a R$ 5,4008. Veja mais cotações. Na máxima, chegou a R$ 5,4018.
Na quinta-feira (21), a moeda norte-americana avançou 0,95%, a R$ 5,3631. No mês e no ano, passou a acumular avanço de 3,39%.
No exterior, republicanos do Congresso dos EUA indicaram que estão dispostos a trabalhar com o novo presidente Joe Biden na prioridade de seu governo, um plano de estímulo fiscal de US$ 1,9 trilhão, mas alguns se opõem ao valor.
Dados ainda fracos do mercado de trabalho nos EUA contribuem também para maior expectativa de mais alívio à pandemia e distribuição rápida de vacinas sob o governo Biden para sustentar a economia.
No cenário local as atenções seguem voltadas ainda para os percalços para o avanço da vacinação contra o coronavírus no Brasil. A percepção de que a imunização contra a Covid-19 no Brasil será lenta e sujeita a reveses tem elevado receios quanto à força da recuperação da economia e alimentado temor de criação de novas despesas para fazer frente à pandemia.
O agravamento da crise sanitária em meio à percepção de desorganização no governo tem tido efeitos sobre a popularidade do presidente Bolsonaro e, por sua vez, alimentado temores no mercado de criação de mais despesas — o que ameaçaria o teto de gastos, visto pelo mercado como âncora fiscal do país.
O mercado tem monitorado com atenção também a campanha por eleição na Câmara e no Senado para calcular riscos de nova pressão por mais gastos, que também podem vir de dentro do próprio governo. (G1)