O dólar subia nesta segunda-feira e no mercado futuro voltou a superar 5,50 reais, com investidores repercutindo o mau humor externo após dados mais fracos da economia chinesa, enquanto o Banco Central ofertará nesta sessão lote menor de swaps cambiais para dar liquidez ao mercado.
O dólar à vista ganhava 0,54%, a 5,4842 reais, às 9h22, após bater 5,4937 reais (+0,71%) na máxima. Na B3, o dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,41%, a 5,4970 reais, após tocar 5,5040 reais no pico.
No mercado de juros, as taxas dos contratos de DI subiam em média 5 pontos-base nos principais vértices.
A fraqueza do real aqui ocorria num dia de perdas para as moedas emergentes em geral, com um índice do JPMorgan para esse grupo de ativos em baixa de 0,3%, a mais forte em uma semana.
Os preços sentiam os dados mais fracos sobre o PIB chinês, que traçam um quadro de cautela para a segunda maior economia do mundo e voraz consumidora de matérias-primas vendidas por países emergentes, caso do Brasil.
O mercado deve se mostrar sensível ainda a números de produção industrial nos EUA a serem divulgados ainda nesta manhã, num contexto de aceleração na divulgação de balanços corporativos por lá –fator que tem movido os preços dos mercados nos últimos dias.
Aqui, investidores analisam a postura do Banco Central em relação à taxa de câmbio. Depois de uma semana passada de ativismo no mercado, o BC reduziu à metade o lote de swaps cambiais a ser disponibilizado nesta sessão e vai ofertar 10 mil contratos (500 milhões de dólares) distribuídos entre os vencimentos 1º de fevereiro de 2022 e 1º de junho de 2022. Desde quarta-feira o BC vinha disponibilizando até 20 mil papéis.
A maior presença do Bacen no mercado de câmbio na semana passada, em que o dólar chegou a superar 5,57 reais na quarta-feira, permitiu que a moeda fechasse em queda de cerca de 1% na semana.
(Reuters)