Os receios de uma recessão na economia norte-americana voltaram a pesar no mercado financeiro nesta sexta-feira (22). O dólar, que iniciou o dia em forte queda, terminou com leve alta. A bolsa reverteu os ganhos da manhã e fechou em baixa.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,499, com alta de 0,05%. A cotação chegou a cair para R$ 5,43 por volta das 11h15, mas o aumento da demanda durante a tarde fez a moeda voltar a encostar em R$ 5,50.
A cotação está no maior valor desde 24 de janeiro. Com o desempenho de hoje, a divisa subiu 1,74% na semana. O dólar acumula alta de 5,04% em julho e queda de 1,38% em 2022.
A reversão de expectativas após uma manhã positiva também ocorreu no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 98.925 pontos, com recuo de 0,11%. De manhã, o indicador chegou a subir 0,68%, mas inverteu o movimento após dados ruins de empresas norte-americanas. Mesmo com a queda de hoje, a bolsa brasileira subiu 2,46% na semana.
A divulgação de lucros mais baixos por empresas norte-americanas, principalmente do setor de tecnologia, afetou o mercado financeiro global durante a tarde. Os temores de que a maior economia do planeta entre em recessão aumentaram a demanda por dólares e por títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo.
Na próxima quarta-feira (27), o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) decidirá se eleva os juros básicos dos Estados Unidos em 0,75 ou 1 ponto percentual para segurar a inflação no país, que está no maior nível em 41 anos. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.