A diminuição das tensões no exterior não ajudou o mercado financeiro brasileiro nesta segunda-feira (6). O dólar subiu e voltou a aproximar-se de R$ 4,80. A bolsa de valores caiu pela segunda sessão consecutiva e fechou no menor nível em pouco mais de duas semanas.
O dólar comercial encerrou esta segunda vendido a R$ 4,796, com alta de R$ 0,018 (+0,37%). A moeda norte-americana iniciou o dia em baixa, chegando a R$ 4,75 pouco depois das 9h. No entanto, ainda durante a manhã, a divisa inverteu o movimento e passou a subir. Na máxima do dia, por volta das 14h, aproximou-se de R$ 4,81.
No mercado de ações, o dia foi parecido, com as negociações iniciando com bom humor, mas deteriorando-se ao longo da sessão. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 110.986 pontos, com recuo de 0,82%. O indicador está no nível mais baixo desde 20 de maio.
O dia começou com o mercado financeiro reagindo bem à amenização das medidas de lockdown na China. Isso faz o dólar abrir em queda; e a bolsa, em alta. No entanto, dados do mercado doméstico mudaram o ritmo das negociações.
Com várias semanas de atraso, o Banco Central (BC) divulgou o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras. Os analistas de mercado aumentaram para 8,89% a estimativa de inflação para este ano.
A projeção trouxe instabilidade ao mercado, à medida que o BC, segundo a ata mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom), deve encerrar o ciclo de aumentos na taxa Selic (juros básicos da economia) na reunião dos dias 14 e 15 de junho. A alta da inflação reduz os juros reais (diferença entre os juros e a inflação), diminuindo a entrada de dólares no país.