Após breve queda leve na abertura, o dólar passou a subir nesta sexta-feira, como previsto. A correção de alta dos ativos locais acompanha o fortalecimento dos juros longos dos Treasuries nesta manhã, mas reflete também cautela fiscal após a aprovação do Orçamento de 2021 pelo Congresso com manobras fiscais.
Já o viés de baixa inicial respondeu a ajustes, após a alta de ontem e diante dos sinais mistos da moeda americana frente divisas emergentes e ligadas a commodities. Mais cedo, o dólar seguia com viés de baixa frente peso mexicano e rublo, mas subia ante lira turca e rand sul africano, por exemplo.
Os parlamentares cortaram despesas obrigatórias e adiaram pagamento de benefícios para garantir a elevação dos recursos destinados a emendas parlamentares, para cerca de R$ 49 bilhões, exigindo cortes em despesas discricionárias (que incluem investimentos) pela equipe econômica da ordem de cerca de R$ 30 bilhões.
Como agora a peça orçamentária deve ir à sanção presidencial, a expectativa é se Jair Bolsonaro irá cortar recursos para essas emendas, que tendem a inviabilizar parte significativa de investimentos do governo, cujos montantes previstos já eram baixos.
No exterior, as bolsas na Europa sobem, apoiadas pelo contínuo ganho do petróleo, de mais de 2%, e após a alta acima do esperado do índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha em março, a 96,6 pontos. Mas, o avanço dos juros dos Treasuries apoiou uma virada para baixo do futuro do índice Nasdaq, em Nova York.
Às 9h24 desta sexta-feira, o dólar à vista subia a R$ 5,6880 (+0,31%), após cair até R$ 5,640 após a abertura. O dólar futuro para abril ganhava 0,76%, a R$ 5,6890, ante mínima, a R$ 5,6410. (Estadão)