Após as áreas agrícolas brasileiras registrarem em novembro baixos índices de chuvas em relação à média histórica, dezembro deve apresentar maiores volumes, com precipitações generalizadas em grande parte do Brasil, o que favorece cultivos como soja, café e cana-de-açúcar, avaliou nesta terça-feira a Rural Clima.
“Novembro foi considerado um dos piores meses de chuvas da história, algumas regiões acumularam 40 milímetros, quando normalmente acumulam 200, 250 milímetros”, disse o agrometeorologista da Rural Clima Marco Antonio dos Santos.
Mas ele reforçou que a partir do próximo final de semana o país deverá ver chuvas generalizadas.
“As esperanças continuam para toda a região produtora de soja, porque os modelos começam a sinalizar uma tendência de chuvas melhores no verão em todo o Brasil”, declarou ele, em referência à principal cultura brasileira, que sofreu com irregularidade de precipitações no último mês, para o desenvolvimento e avanço do plantio.
No início desta semana, as chuvas ainda vão se concentrar mais no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, além do Paraguai, Mato Grosso do Sul e faixa leste paulista.
“Não há previsão de chuva para a região norte do Paraná… e o tempo fica extremamente seco em grande parte das regiões produtoras do Cerrado”, que devem ver apenas pancadas isoladas nesta terça-feira, disse Santos.
Na quarta-feira, áreas de instabilidade ganham força e as chuvas atingem também o sul de Minas Gerais, o que beneficia lavouras de café ressecadas, e São Paulo, favorecendo cultivos de cana.
Na quinta-feira, volta a chover nos Estados do Sul do Brasil e São Paulo e Minas Gerais, segundo dados apresentados pelo meteorologista em boletim diário nesta terça-feira.
Na sexta-feira o sistema de chuvas avança e no sábado ocorrem “as tão esperadas chuvas generalizadas” em grande parte do Brasil, beneficiando áreas agrícolas.
No domingo, a frente fria já se encontra sobre a região Sudeste e há grande possibilidade de as chuvas ficarem intermitentes ao longo da próxima semana, na maioria das regiões produtoras. (Reuters)