O CEO da Minerva Foods, Fernando Galletti de Queiroz, disse há pouco que o maior desafio do setor brasileiro de proteína animal é a conquista de mercados asiáticos. Durante discurso no segundo e último dia do Global Agribusiness Forum (GAF 2018), o executivo destacou que, dentre os países daquele continente, a China está se tornando o principal mercado. “Japão, Indonésia, Tailândia e Coreia do Sul são grandes oportunidades”, citou.
Para Galletti, a justificativa do aquecimento da demanda aqueles mercados é o crescimento da população. “Existe uma correlação muito grande entre o crescimento da classe média e o consumo de proteínas (de origem animal)”, explicou.
Na ponta da oferta, a ampla disponibilidade de água e terra favorece as criações no Brasil, assim como a adoção dos sistemas de confinamento. No entanto, “com o aumento de preços dos grãos, a diferença de custos de produção entre a pecuária do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul fica maior”, comentou Galletti. Essa diferença de despesas eleva a competitividade do sistema produtivo norte-americano em relação ao brasileiro, por exemplo, já que os confinamentos se abastecem de grãos como o milho e o farelo de soja.
Além disso, especificamente para a carne bovina do Brasil, o executivo ressaltou que falta acesso a 50% dos maiores mercado compradores do mundo. No topo da lista de importadores que o País precisa avançar estão os Estados Unidos.