O presidente Joe Biden abriu a Cúpula de Líderes sobre o Clima nesta quinta-feira, 22, destacando sobre os aspectos econômicos da luta contra a mudança climática. Nas palavras do presidente, além de promover um futuro mais sustentável para o planeta, o esforço ambiental dos países também oferece oportunidades de investimento e geração de empregos. O evento tem transmissão ao vivo em espanhol e inglês.
“Este momento é mais do que falar em preservação do nosso planeta, é também sobre garantir um futuro melhor para todos nós. É por isso que quando as pessoas falam sobre clima, eu penso em empregos. Nossa resposta à questão climática demanda a uma criação de empregos extraordinária”, afirmou.
A cúpula é apontada por analista como o momento de retomada de protagonismo pelos Estados Unidos no cenário internacional, além de uma sinalização da importância que a agenda ambiental terá no governo Biden. Tanto o multilateralismo quanto a agenda ambiental foram deixados em segundo plano pelo ex-presidente Donald Trump.
A nova meta visa fazer com que as emissões dos EUA caiam de 50% a 52% abaixo dos níveis de 2005 até 2030, disseram funcionários da Casa Branca. Isso é um passo significativo em relação à promessa do governo Obama de uma redução de 25% a 28% até 2025 e tem o objetivo de sinalizar que a decisão de Biden de voltar a aderir ao Acordo de Paris sobre mudança climática é apenas o início de um esforço agressivo que incluem tentar pressionar outras nações para a frente.
A abertura da cúpula ocorreu às 9h (horário brasileiro) com o discurso do presidente Joe Biden e da vice-presidente Kamala Harris. Na sequência, estão previstos os discursos de 27 líderes mundiais. Entre os mais aguardados, estão o pronunciamento do presidente da China, Xi Jinping, do presidente russo, Vladimir Putin, e de alguns dos principais líderes europeus, como Emmanuel Macron (França), Angela Merkel (Alemanha) e Boris Johnson (Reino Unido).
O Brasil, que será representado pelo presidente Jair Bolsonaro, chega à cúpula sob forte cobrança pelo desmatamento ilegal na Amazônia. Além disso, a cúpula marca a primeira aparição do Itamaraty sob a gestão do chanceler Carlos França. Conforme o Estadão/Broadcast mostrou nesta quinta, governo chega ao evento de hoje com um embaraço diplomático: com R$ 2,9 bilhões parados no âmbito do programa Fundo Amazônia, o País deve pedir mais dinheiro contra desmatamento. (AE)