O crescimento econômico global permanece firme e o desemprego está nos níveis mais baixos da última década, de acordo com o comunicado final dos países membros do G-20 (grupo que reúne economias mais industrializadas e países emergentes) após a reunião dos ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais, realizada neste fim de semana em Buenos Aires.

No entanto, os países do G-20 reconheceram riscos de curto e médio prazo como “o aumento de vulnerabilidades financeiras, das tensões geopolíticas e comerciais, dos desequilíbrios globais e da desigualdade”. Além disso, argumentaram que as economias emergentes “ainda enfrentam desafios, como a volatilidade do mercado e a reversão dos fluxos de capital”.

“Conseguimos um consenso em diferentes itens da agenda econômica”, disse o ministro das Finanças da Argentina, Nicolás Dujovne, em coletiva de imprensa com o presidente do banco central do país, Nicolás Caputo. “Reafirmamos que o comércio e o investimento são motores de crescimento, produtividade, inovação, criação de empregos e desenvolvimento. E nos comprometemos a redobrar nossos esforços para fortalecer o diálogo sobre estas questões”, disse ele.

Por outro lado, o documento não mencionou diretamente a tensão comercial entre os Estados Unidos e a China, bem como com a União Europeia (UE). O Secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, falou com a imprensa no final do evento e disse: “Não vamos dar detalhes, mas saibam que estamos dispostos a sentar com eles se quiserem falar sobre questões comerciais”. Ele também confirmou a presença do presidente Donald Trump na reunião do G-20 no final do ano.