A contratação de crédito rural pelos produtores brasileiros totalizou 225 bilhões de reais na safra 2019/20, encerrada em junho deste ano, aumento de 30% em relação à temporada anterior, informou o Ministério da Agricultura na noite de quarta-feira.
Os desembolso pelo Plano Safra 2019/20 alcançou 191,8 bilhões de reais, avanço de 11%. Os 33,3 bilhões restantes referem-se a recursos que tiveram como fonte Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), aquisições de Cédulas de Produto Rural (CPRs) e operações com agroindústrias.
A pasta esclareceu que, embora previstos anualmente no Plano Safra, os valores da LCA passaram a ser contabilizados desde o mês passado no Sistema de Operações de Crédito Rural e do Proagro (Sicor) do Banco Central.
Do total aplicado no consolidado dos 12 meses, 107,48 bilhões de reais foram destinados ao custeio (+9%), 50,36 bilhões para investimentos (+19%) e 10,9 bilhões para industrialização (+59%).
Já os financiamentos para comercialização tiveram redução de 10% em relação à safra anterior, para 23,05 bilhões, disse o ministério.
“Apesar da pandemia do coronavírus, as contratações de crédito rural continuaram aumentando ao longo de 2020 até junho, final da safra 2019/20”, comentou em nota o diretor de Crédito e Informação da pasta, Wilson Vaz de Araújo.
Nos financiamentos de custeio, a participação do Programa de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) foi de 24%, totalizando 25,8 bilhões de reais.
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) respondeu por 13% do custeio, com 13,87 bilhões de reais, enquanto os demais produtores representaram 64%, com 68,32 bilhões.
No que se refere ao total dos financiamentos de investimento, a participação do Pronamp foi de 5,3%, com 2,65 bilhões de reais, a do Pronaf alcançou 26,5%, com 13,35 bilhões e a dos demais produtores 68,2%, em 34,35 bilhões. (Reuters)