Gustavo Rezende Machado é trainee pela Agrifatto
Apesar da disponibilidade estreita de animais terminados em quase todas as regiões brasileiras, o baixo consumo de carne no atacado permite que a indústria trabalhe com escalas mais curtas sem necessariamente pressionar positivamente os preços pecuários.
Deste modo, as cotações em São Paulo já registram recuo em torno de 0,80% desde o início do ano, com a referência neste estado em R$ 145,50/@ à vista e livre de Funrural.
Além disso, já se observa aumento gradual da participação de fêmeas nos abates, e segundo o ciclo pecuário, a perspectiva é de continuidade deste movimento ao longo de 2018.
Portanto, com o consumo enfraquecido os preços não têm espaço para novas altas, e por enquanto o movimento de baixa dos valores ainda deve seguir com menor intensidade, mas a pressão negativa deve avançar conforme a disponibilidade de bovinos terminados a pasto aumente nas próximas semanas.
As médias das escalas exibem pouca variação entre os estados. Mato Grosso do Sul conta com programações mais longas em 8 dias úteis, São Paulo ocupa o segundo lugar com 7 dias, enquanto que Minas Gerais, Mato Grosso, Rondônia e Goiás registram, nesta ordem, variação entre 5 e 6,5 dias úteis.
No atacado, a carcaça casada bovina tem queda de 1,5% desde início de janeiro, e média em São Paulo de R$ 10,00/kg.
O frango resfriado e a carcaça especial suína também exibem variação negativa de 0,55% e 0,40% para o mesmo período, com médias em torno de R$ 3,60/kg e R$ 6,20/kg respectivamente.