(Reuters) – A produção brasileira de soja na temporada 2019/2020 foi estimada nesta quarta-feira em um recorde de 120,86 milhões de toneladas, com aumento de 5,1% ante a temporada anterior, de acordo com o segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a nova safra.

Em outubro, a estatal esperava uma colheita de 120,4 milhões de toneladas. Produtores estão na fase de plantio da principal safra do Brasil, o maior exportador global da oleaginosa.

O país já plantou 56% da área de soja, projetada para crescer 2,3% em 2019/20 ante o ciclo anterior, para 36,7 milhões de hectares, segundo a Conab.

De acordo com a companhia, a produção está estimada em recorde mesmo com “problemas climáticos que atrasaram o plantio” em Estados como Mato Grosso do Sul e Paraná.

Já o milho primeira safra, que nos últimos levantamentos perdia espaço para a soja, deve ter aumento de área de 0,9% ante o ciclo anterior, para 4,1 milhões de hectares.

A produção na primeira safra de milho foi estimada em 26,3 milhões de toneladas, 2,4% superior a 2018/19.

“As condições das lavouras no Rio Grande do Sul e Paraná estão boas. A partir de janeiro, começa o plantio da segunda safra do cereal, que representa mais de 70% da produção de milho no país”, destacou a estatal em nota.

A safra total de milho foi vista em 98,37 milhões de toneladas, praticamente estável ante o número de outubro, mas uma queda na comparação ao recorde de 2018/19, de mais de 100 milhões de toneladas.

Para o algodão, a Conab mantém a projeção de crescimento em área (+1,8%), alcançando mais de 1,6 milhão de hectares. A produção pode chegar a 2,7 milhões de toneladas de pluma, praticamente estável ante o ciclo anterior, que foi recorde.

“O produtor segue apostando na demanda externa pela pluma brasileira. Em outubro, o Brasil exportou o maior volume mensal da história: 279 mil t de pluma”, disse a Conab.