A produção de grãos na safra 2018/19 deve alcançar 234,1 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 2,8%, ou 6,5 milhões de toneladas, em relação à safra passada, que foi de 227,75 milhões de toneladas. Os números fazem parte do quinto levantamento de safra de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje. Em relação ao quarto levantamento de safra da companhia, divulgado em janeiro, houve, porém, recuo de 1,34%, motivado por adversidades climáticas em regiões produtoras, sobretudo altas temperaturas e falta ou ocorrência de chuvas pontuais.
A área plantada está prevista em 62,6 milhões de hectares, um aumento de 1,5% em relação à safra 2017/18. Quando comparada ao quarto levantamento da Conab, de janeiro, que previa área de 62,5 milhões de hectares, essa estimativa avançou pouco, apenas 0,16%.
Segundo a Conab, o grau de eficiência produtiva média do País deve passar dos 3.692 para 3.738 kg/ha – avanço de 1,24%. Entretanto, a principal lavoura do País, a soja, além do milho primeira safra, o arroz e o feijão devem ter produtividade menor em relação a 2017/18.
No caso da soja, a safra 2018/19 deve recuar 3,3%, para 115,3 milhões de toneladas, mesmo com aumento de 1,9% na área plantada. “O fator responsável é a redução da produtividade, ocasionada por adversidades climáticas em alguns Estados”, justifica a Conab. O levantamento de safra anterior, divulgado em janeiro deste ano, previa colheita de 118,8 milhões de toneladas.
Para o milho verão, a produção também deve cair em relação a 2017/18 (que produziu 26,81 milhões de toneladas), para 26,5 milhões de toneladas e área cultivada 1,2% menor. “Mas, se acrescida da segunda safra (safra de inverno), a produção total poderá alcançar 91,7 milhões de toneladas, 13,6% a mais que em 2017/18”, diz a Conab. No quarto levantamento, de janeiro deste ano, a Conab previa colheita de 27,46 milhões de toneladas de milho verão e de 63,73 milhões de toneladas de milho segunda safra. A safra total era prevista, em janeiro, em 91,2 milhões de toneladas.
O arroz, com concentração maior no Sul do País, apresentou no levantamento de hoje um porcentual de 11,3% de perdas frente à safra anterior, ficando em 10,7 milhões de toneladas. O feijão primeira safra sofreu igualmente, com registro de 10,6% a menos, refletindo numa produção de 1 milhão de toneladas.
Segundo a Conab, o maior destaque positivo do estudo continua sendo o algodão, que registrou grande concentração de plantio no mês passado, em função do bom desempenho das cotações da pluma. Se no quarto levantamento de safra a companhia estimava crescimento superior a 25,3% na área, na atual estimativa, este porcentual subiu mais, para 33% relação a 2017/18. Quanto à produção, a Conab avaliou que o País deve colher 27,9% mais algodão em pluma em relação à safra passada. “Também novas áreas foram incorporadas ao processo produtivo em detrimento de outras culturas. Com isso, os números estão em 3,8 milhões toneladas e 1,6 milhão de hectares, respectivamente”, comenta a estatal.
Quanto à safra de inverno, a Conab informa que o início de plantio de aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale é a partir de abril. “O estudo deste mês estima uma produção dessas culturas superior 6,9% ante 2018, podendo alcançar 6,9 milhões de toneladas.”
Fonte: Broadcast