Stefan Podsclan é engenheiro agrícola e consultor sênior pela Agrifatto
O 7º levantamento da safra brasileira de grãos foi divulgado hoje de manhã pela Companhia Nacional de Abastecimento e aponta que safra de grãos da temporada 20/21 terá um crescimento de 6,5% sobre a safra 19/20. O levantamento projeta uma produção total de 273,8 milhões de toneladas contra a produção de 257,0 milhões de toneladas na safra 19/20.
A área cultivada também é recorde, no total da safra de inverno e verão serão cultivados 68,5 milhões de ha ante os 65,9 milhões de ha cultivados na safra 19/20, o acréscimo é de 3,9% no comparativo entre safras.
Apesar das adversidades climáticas no início da implantação da safra de verão, a entidade afirma que a regularização das chuvas a partir de meados de novembro proporcionou o bom desenvolvimento das culturas da safra de verão.
A soja e o milho são os principais responsáveis pelo crescimento da produção agrícola e juntos devem produzir 244,5 milhões de toneladas, cerca de 83,2% da produção nacional de grãos. Da mesma forma ocupam as maiores áreas de produção, a soja com quase 38,5 milhões de ha e o com 19,7 milhões de ha considerando as 3 safras do cereal.
A oleaginosa é o principal destaque da safra brasileira com sua produção projetada em 135,5 milhões de toneladas. O atraso das chuvas no período de plantio e o excesso de chuvas em algumas regiões durante a colheita desafiou o planejamento das atividades no campo e as adversidades foram compensadas pela excelência operacional do agricultor em todas as regiões do país.
Para a cultura do milho a entidade esperada uma produção total de quase 109 milhões de toneladas, sendo o milho 2ª safra responsável por 76% da produção, milho 1ª safra por 22,5% e a 3ª safra de milho representando 1,5%.
A expectativa agora é sobre o comportamento do clima e suas implicações sobre a produção da safra de inverno para a consolidação de mais uma safra recorde.
Agrifatto