Os preços das commodities no atacado voltaram a ser os vilões da aceleração do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) na segunda prévia de maio. Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o indicador avançou 1,20%, diante da alta de 0,40% na segunda prévia de abril.

No IPA-M, que acelerou para 1,71%, em comparação com a alta de 0,46% na segunda prévia de abril, minério de ferro, combustíveis e soja foram os destaques. O minério de ferro acelerou de -11,25% na segunda prévia de abril para 9,24% na leitura anunciada hoje. A soja em grão foi de 4,00% para 5,45%, enquanto o farelo de soja passou de 0,34% para 11,20%.

No caso dos combustíveis, o óleo diesel saiu de uma alta de 6,30% na segunda prévia de abril para 9,70% na segunda prévia de maio. Já a gasolina automotiva passou de 5,35% para 7,47%.

Assim como nas leituras recentes dos IGPs da FGV, as altas das commodities e dos combustíveis no atacado foi compensada pela desaceleração nos preços dos alimentos. O subgrupo “alimentos in natura” dentro do IPA-M passou de 3,69% na segunda prévia de abril para -6,06% na segunda prévia de maio.

Por outro lado, a aceleração dos preços no atacado ainda não chegou ao consumidor. O IPC-M desacelerou de uma alta de 0,27% na segunda prévia de abril para um avanço de 0,20% na leitura anunciada hoje. Segundo a FGV, cinco das oito classes de despesa componentes do IPC-M registraram decréscimo em suas taxas de variação.

A principal contribuição partiu do grupo Transportes (0,30% para -0,18%). Nessa classe de despesa, a alta nos preços dos combustíveis foi atenuada pela deflação do etanol, que saiu de uma alta de 1,10% na segunda prévia de abril para uma queda de 4,10% na leitura anunciada hoje.

Ainda conforme a FGV, também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (0,13% para 0,04%), Habitação (0,35% para 0,27%), Vestuário (0,42% para 0,08%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,03% para -0,12%). “Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos itens frutas (4,53% para -2,21%), móveis para residência (0,68% para -0,37%), calçados (0,08% para -0,69%) e show musical (0,94% para 0,70%)”, diz a nota divulgada há pouco pela FGV.

No INCC-M, que mede os preços do setor da construção civil e passou de uma alta de 0,37% na segunda prévia de abril para avanço de 0,44% na leitura de maio, o índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,66%, abaixo do resultado de abril, de 0,74%. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra subiu 0,26%, ante 0,07% no mês anterior. (AE)