(Reuters) – A comissão especial da reforma da Previdência na Câmara abriu na manhã desta quinta-feira a reunião que deve votar o novo parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP).
Os trabalhos, convocados inicialmente para as 9h, foram abertos pelo presidente do colegiado, Marcelo Ramos (PL-AM), às 10h e terão por objetivo votar o texto principal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera as regras previdenciárias.
Na véspera, Ramos havia dito que, como o processo de votação já começou, não é possível haver novas modificações ao texto. Ainda assim, os deputados podem apresentar destaques — propostas de modificar pontos específicos ao parecer.
Ao longo da quarta-feira houve diversas negociações para tentar alterar pontos do texto do relator, envolvendo até o presidente Jair Bolsonaro, que vinha se mantendo distante das negociações sobre a reforma.
Segundo o porta-voz da Presidência, Bolsonaro pediu ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que se encontrasse com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para levar suas percepções sobre as demandas de policiais por concessões à categoria, à qual Bolsonaro é fortemente ligado.
Maia, no entanto, disse que não houve acordo sobre o tema, assim como em relação a outros pontos polêmicos do parecer relacionados principalmente à inclusão de Estados e municípios na proposta.
Em café da manhã com a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) na manhã desta quinta-feira, Bolsonaro fez um apelo para que os parlamentares da bancada ruralista atendam a demanda de policiais na votação da reforma da Previdência, e negou que a iniciativa seria privilégio para a categoria.
Apesar das divergências, a comissão especial rejeitou diversos pedidos de adiamento da votação e liberou a pauta para apreciação do texto do relator.