Os preços no atacado subiram com força e no varejo voltaram a subir, levando a alta do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) a acelerar a 1,56% em junho, de 0,28% no mês anterior, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
A expectativa em pesquisa da Reuters era de uma alta de 1,51% no mês.
Segundo a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 2,25% em junho, ante alta de 0,59% no mês anterior.
Os Bens Intermediários passaram a registrar avanço de 1,70% no mês, deixando para trás a queda de 1,34% vista em maio.
O resultado foi influenciado principalmente pelo comportamento de combustíveis e lubrificantes para a produção, cujos preços passaram de uma queda de 15,89% para alta de 6,12%.
“Em junho, os aumentos captados nos preços dos combustíveis responderam majoritariamente pela aceleração da taxa do IPA, índice com maior contribuição para o IGP”, explicou o coordenador de índices de preços, André Braz.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% sobre o índice geral, passou a subir 0,04% em junho depois de ter recuado 0,60% em maio.
A principal contribuição partiu do grupo Transportes, com avanço de 0,21% em junho depois de recuo de 2,60% no mês anterior. A gasolina pressionou ao subir 0,40%, depois de deflação de 8,59% em maio.
Já o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, acelerou a alta a 0,32% no período, de 0,21% antes.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.