A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou, ontem (20), o documento “China Agricultural Outlook 2022/2031”, um sumário executivo que traz as principais perspectivas agrícolas do país asiático para os próximos dez anos. Conforme nota da entidade, o trabalho, realizado em parceria com a InvestSP em Xangai, é fruto da 9ª edição da Conferência sobre as Perspectivas Agrícolas da China, realizada em Pequim em abril. Na ocasião, foram apresentadas tendências de produção, consumo e importação do gigante asiático.
Segundo a CNA, as principais tendências refletidas no documento mostram que o governo chinês buscará desenvolver de maneira significativa a agropecuária do país, visando a aumentar a produção e ganhar em produtividade. Há, porém, “setores em que a China deve manter certa dependência do mercado internacional, como o de frutas e de carne bovina”, informa a confederação. No caso da carne bovina – proteína a qual o Brasil é o principal exportador mundial -, o produto “ganhou espaço e agradou ao consumidor chinês após o surto de peste suína africana (PSA) e deve continuar crescendo nos próximos anos”. Em 2021, a China importou 2,3 milhões de toneladas de carne bovina, volume que deve alcançar 2,8 milhões de toneladas em 2031.
O documento traz também dados da área de cultivo, previsão das importações, produção e consumo de 17 produtos agropecuários, sendo eles trigo, milho, soja, oleaginosas, algodão, açúcar, legumes, batatas, frutas, carne suína, carne de aves, carne bovina e ovina, ovos, lácteos, pescados, rações.