A primeira safra de milho 2022/23, ou de verão, já registrada perdas irreversíveis no Rio Grande do Sul, provocadas pela estiagem. A avaliação é da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS). Também há preocupação com a cultura da soja, se não houver chuvas nas próximas semanas no Estado, que enfrenta o segundo ano consecutivo de seca.
Em regiões como Missões, a projeção é de perda de 75% a 80% no milho, escapando só aquele milho plantado em julho, que é de alto risco porque o produtor perde potencial produtivo e arrisca a perder com o frio e a geada. “Sabemos que no milho tem uma questão variável, pois uma parte do Estado planta mais tarde e em alguma parte pode ter chovido. Infelizmente é algo muito ruim para a economia do Rio Grande do Sul que são duas estiagens, uma atrás da outra”, disse em comunicado o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires.
No caso da soja, o dirigente ressaltou que ainda é cedo para se avaliar as perdas, pois elas têm diferentes proporções. “Em alguns lugares até choveu um pouco; tem lugar que plantou mais tarde, então é difícil falar neste momento de perdas na soja. O que nos preocupa muito é que não temos uma perspectiva de normalização de chuvas”, observou.
Pires salientou que, mesmo o milho e a soja irrigados estão com reservatórios sem água e não há como repor porque não existem chuvas. “As chuvas infelizmente são poucas e a pior notícia é que não existem perspectivas de grandes chuvas até o fim de janeiro”, ressaltou. “Teremos mais uma vez uma frustração de safra, resta saber o tamanho”, concluiu.