A parcela do agronegócio brasileiro que exporta e está ligada ao que acontece nos mercados fora das fronteiras do Brasil tem consciência da importância da permanência do Brasil no Acordo de Paris – tratado no âmbito das Nações Unidas sobre a mudança do clima, que rege medidas de redução de emissão dióxido de carbono a partir de 2020. A ponto de conseguir que o governo Bolsonaro (PSL) volte atrás em sua intenção de deixar o pacto. “Quem quer sair do Acordo de Paris é porque nunca exportou nada”, disse o diretor-executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), o engenheiro agrônomo Luiz Cornacchioni.

‘Mostrar que somos sustentáveis’

Em 2018, o agronegócio exportou mais de US$ 100 bilhões. “Em muitas questões, não é preciso apenas ser sustentável. Porque nós somos, mas é preciso mostrar também”, afirmou o presidente da Abag ao jornal Estado de S. Paulo. “Muitas vezes, a gente perde negócios por causa da imagem”, completou. O País assinou o acordo em abril de 2016, o Congresso Nacional aprovou e, então, tornou-se vigente na lei nacional. Mesmo signatário do tratado, o Brasil é prejudicado no exterior pelo elevado desmatamento, trabalho escravo e infantil, entre outros problemas. (AE)