As chuvas registradas no Paraná diminuíram o ritmo de colheita do milho e deixaram produtores em alerta, por receios sobre perda na qualidade dos grãos da atual safra, na hipótese de um prolongamento das precipitações, de acordo com avaliações do Departamento de Economia Rural (Deral).
Segundo o órgão, que mantém uma previsão de cerca de 13 milhões de toneladas para a segunda safra paranaense, as chuvas não tendem a atrapalhar a produtividade, mas podem requerer que os agricultores deem maior atenção à qualidade do produto.
“Começa a haver um sinal de alerta, de atenção, de que se tiver uma continuidade de chuvas intensas, a qualidade pode ser prejudicada”, afirmou o especialista em milho do Deral, Edmar Gervásio, ponderando que a produção é considerada ainda excelente.
Para esta semana, a previsão é de tempo firme, o que deve significar uma retomada no ritmo de colheita, também prejudicado pelos recentes índices de precipitação.
Na próxima semana, porém, o Paraná já deve voltar a receber chuvas, mas ainda assim os volumes não serão relevantes, de acordo com dados do terminal Eikon, da Refinitiv.
De acordo com dados do Deral atualizados até segunda-feira, a safrinha 2018/19 tem 6% da área já colhida, enquanto a condição boa predomina na maior parte da área ainda a ser colhida, com 84%.
“Se considerarmos o plantio antecipado, o ritmo já deveria estar um pouco mais acelerado”, disse Gervásio. “Mas tivemos chuva, a maior parte na última semana, e isso naturalmente impossibilitou um avanço mais significativo. A partir de hoje, sem previsão de chuvas intensas por quatro ou cinco dias, é esperado que se retome o ritmo.”
Na mesma época do ano passado, o Paraná havia colhido apenas 1% da área.
Neste ano, o plantio da safrinha de milho no Paraná começou mais cedo que o normal por conta de plantio e colheita igualmente antecipados na safra de soja.
Já o plantio de trigo avançou para 68% da área projetada, segundo Deral.
Fonte: Reuters