A China produziu 260,67 milhões de toneladas de milho em 2020, disse o Escritório Nacional de Estatísticas nesta quinta-feira, nível praticamente estável na comparação com o ano anterior, apesar de danos causados pelo clima antes da colheita no segundo maior produtor global.
A produção de milho tem sido acompanhada de perto devido a um crescente déficit no país que levou os preços a máximas em anos, impulsionando importações para níveis recorde e acelerando as compras de outros grãos.
O milho é uma matéria-prima fundamental para a produção de ração animal para o imenso setor de pecuária da China e também é usado em produtos industrializados.
Analistas esperavam que a safra chinesa caísse em até 10 milhões de toneladas após tufões que atingiram plantações em partes do cinturão de milho no nordeste do país, aumentando preocupações após a China ter consumido seus massivos estoques nos últimos anos.
Mas o governo chinês buscou repetidamente aliviar as tensões, dizendo que a produção não seria atingida e que a safra do ano deveria ficar próxima dos 260,77 milhões de toneladas produzidos no ano anterior.
Alguns analistas, no entanto, duvidaram dos números.
“Parece muito alto. A área semeada foi praticamente a mesma do ano passado, assim como a produtividade. Ms o nordeste foi atingido por três tufões consecutivos”, disse Darin Friedrichs, analista de commodities na Ásia da StoneX.
A produção provavelmente recuou em cerca de 5 milhões de toneladas, estimou Meng Jinhui, analista da Shengda Futures, devido ao clima desafiador durante o ano.
O ministério da agricultura da China estimou que a produção em 2020/21 cresceu para 264 milhões de toneladas.
A produção de trigo da China chegou a 134,25 milhões de toneladas, ligeiramente acima dos 133,59 milhões de toneladas do ano passado.
A produção de soja cresceu 8,3%, para 19,6 milhões de toneladas.
A área total de plantio de grãos aumentou 0,6%, para 116,8 milhões de hectares, de acordo com o órgão de estatísticas. (Reuters)