(Reuters) – A China disse nesta quarta-feira que resultados positivos são possíveis nas negociações comerciais com os Estados Unidos, depois que os presidentes das duas maiores economias do mundo concordaram em retomar suas conversas turbulentas em uma cúpula do G20 neste mês.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na terça-feira que se encontrará com o presidente chinês, Xi Jinping, na cúpula do G20 em Osaka, no Japão. A China, que anteriormente se recusou a dizer se os líderes se reuniriam, confirmou a reunião.

Os dois países estão no meio de uma intensa disputa comercial que vem pressionando os mercados financeiros e prejudicando a economia global.

 

As negociações para chegar a um acordo fracassaram no mês passado depois que autoridades norte-americanas acusaram a China de voltar atrás em alguns compromissos acordados. A interação desde então tem sido limitada, com Trump ameaçando impor mais tarifas sobre os produtos chineses, em uma intensificação que as empresas de ambos os países querem evitar.

As notícias de que as negociações voltaram à agenda animou os mercados acionários chineses, com o índice de blue-chips CSI300 .CSI300 encerrando em alta de 1,3%, enquanto o índice de Xangai .SSEC avançou 1%.

Falando em uma coletiva de imprensa diária, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, disse que é importante encontrar uma solução aceitável para os dois lados.

 

“Não estou me adiantando, mas a comunicação ao longo de quatro décadas mostra que é possível alcançar resultados positivos”, disse ele.

Lu disse que não podia informar uma data exata para a realização da reunião.

“Os dois líderes vão falar sobre o que quiserem”, disse ele. “Um acordo não é apenas do interesse dos dois povos, mas atende às aspirações de todo o mundo”.