(Reuters) – China e Estados Unidos ainda estão discutindo detalhes sobre as próximas negociações comerciais em outubro, fazendo os preparativos para garantir “progresso positivo” durante as negociações, disse o Ministério do Comércio chinês nesta quinta-feira.

Espera-se que os negociadores comerciais dos países se reúnam em Washington em cerca de duas semanas para determinar se podem começar a traçar um caminho para sua contundente guerra comercial ou se estão buscando tarifas novas e mais altas para os produtos uns dos outros.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quarta-feira que um acordo para encerrar uma guerra comercial de quase 15 meses com a China poderia acontecer mais cedo do que as pessoas pensam e que os chineses estavam fazendo grandes compras de produtos agrícolas dos Estados Unidos, incluindo carnes bovina e suína.

Nesta quinta-feira, o porta-voz do Ministério do Comércio da China, Gao Feng, também disse que as empresas chinesas fizeram compras significativas de soja e porco dos EUA, acrescentando que essas aquisições estão isentas de tarifas.

China e Estados Unidos se complementam na agricultura e há amplo espaço para mais “cooperação”, uma vez que a demanda chinesa por produtos agrícolas de qualidade é alta, disse Gao.

“Esperamos que ambos os lados possam trabalhar juntos e tomar ações tangíveis para criar condições favoráveis ​​para essa cooperação”, afirmou.

Trump falou um dia depois de repreender as práticas comerciais da China na Assembleia Geral das Nações Unidas, dizendo que não aceitaria um “acordo ruim” nas negociações comerciais entre os dois países.

Quando perguntado sobre isso e outras observações de Trump de que ele não estava com pressa de chegar a um acordo com a China antes das eleições de 2020 nos EUA, Gao reiterou a esperança de que ambos os lados possam encontrar uma maneira de se comprometer.

“Desejamos que os EUA e a China possam se encontrar no meio do caminho e, com base em igualdade e respeito mútuo, encontrar uma solução em que todos saiam ganhando por meio de negociações. Isso beneficiará a China, os EUA e o mundo inteiro”, disse ele.