O índice Ceagesp de preços dos alimentos no atacado registrou alta acumulada de 15,94% em 2020, informa a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). “Houve algumas perdas de produção, que explica um pouco a alta dos preços, com um mercado diferente, conturbado pela produção mais inconstante por conta do clima e também pela demanda irregular, resultando em preços mais altos a partir de meados do ano”, informa a companhia, em comunicado.

“O setor de hortifrutigranjeiro passou por momentos muito difíceis, mas realizou um grande esforço para manter a produção e distribuição de alimentos frescos, apesar da menor demanda no início da pandemia”, acrescenta. “Quando o comércio, os bares e restaurantes começaram a reabrir, aos poucos, a demanda foi se aquecendo lentamente, mas não atingiu os níveis de 2019. Com menor demanda, com o clima muitas vezes desfavorável, os preços dos mais de 150 produtos acompanhados pelo índice Ceagesp encerraram o ano em forte alta”, explica.

O setor de diversos registrou altas expressivas nos preços ao longo do ano. Frutas e legumes fecharam o ano com forte elevação dos preços. O único setor que fechou o ano em baixa foi o de verduras.

Em dezembro, o indicador de preço dos alimentos no atacado registrou leve alta de 0,01%. O setor que apresentou maior alta foi o de diversos, com 7,17% de aumento. O setor de legumes foi o único com queda: -5,84%.

Segundo a Ceagesp, a tendência neste primeiro trimestre de 2021, período de maior incidência de chuvas do ano e com as altas temperaturas, o clima pode provocar condições muito prejudiciais para a produção agrícola, principalmente as culturas mais sensíveis, como as verduras e legumes. “Estes produtos devem apresentar problemas de qualidade e menor volume ofertado no início do ano”, prevê.

O setor de diversos, por ter acumulada forte alta nos últimos 3 meses poderá apresentar queda ou estabilidade nos preços. A maioria das frutas poderão registrar boa oferta e preços reduzidos em relação ao ano passado. (AE)