O índice de preços da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) registrou queda de 5,02% em março, em relação ao mês anterior. Conforme comunicado da companhia, a queda foi impulsionada pela redução nos preços no atacado de frutas, legumes e verduras.

“A oferta e a qualidade melhoraram em razão das condições climáticas mais favoráveis e a demanda mostrou-se retraída por causa do aumento das restrições no Estado de São Paulo”, diz a Ceagesp. Os setores de diversos (batata, alho, cebola e ovos) e pescados registraram ligeira elevação dos preços, este último puxado pelo maior consumo na quaresma e principalmente na semana que antecedeu a Páscoa.

Mesmo com as condições climáticas adversas típicas do verão, com altas temperaturas e excesso de chuvas nas regiões produtoras, o índice Ceagesp fechou o primeiro trimestre de 2021 com queda acumulada de 8,18%.

Segundo a Ceagesp, do lado da oferta, não houve problemas acentuados na produção, favorecendo a melhor qualidade e a quantidade ofertada. A demanda retraída, em virtude da maior rigidez do isolamento social, com o funcionamento parcial de bares, restaurantes, escolas, empresas de aviação, entre outros, ocasionou uma redução dos preços em boa parte dos produtos comercializados.

“Mantidas as condições atuais de isolamento social, este cenário de elevação da oferta e retração dos preços deve se intensificar em abril, quando o clima deverá exercer menor influência negativa na produção de frutas, legumes e verduras”, prevê a Ceagesp.

Em março, o setor de frutas caiu 5,78%. As principais reduções ocorreram nos preços da maçã fuji (-38,9%), do caju (-23,5%), da maçã gala (-23,4%), da laranja lima (-19,8%) e do maracujá azedo (-17,4%). As principais altas ocorreram com o mamão formosa (74,7%), com o mamão papaia (41,9%), a atemoia (28,5%), a manga palmer (27,9%) e com a uva niagara (21,1%).

O setor de legumes registrou queda de 7,98%. As principais reduções de preços ocorreram com o chuchu (-36,5%), com a berinjela (-33,2%), com o cará (-31,4%), com o inhame (-21,3%) e com a cenoura (-20,5%). As principais altas ocorreram com a pimenta cambuci (31%), com o jiló (23,9%) e com os pimentões verde (21,9%) e vermelho (7,2%).

O setor de verduras apresentou queda de 12,87%. As maiores baixas ocorreram nos preços da rúcula (-31,8%), do agrião hidropônico (-28,9%), da salda (-21,6%), do almeirão (-21,2%) e do rabanete (-19,8%). O único produto a registrar elevação de preços no setor foi o milho verde (5,4%).

O setor de diversos fechou o mês com alta de 0,89%. As principais elevações ficaram por conta do milho de pipoca (13,6%), do alho estrangeiro (11,4%), do alho nacional (11,2%) e dos ovos brancos (5,8%). As principais quedas ocorreram nos preços da cebola argentina (-13,1%), das batatas asterix (-10,8%) e lavada (-7,6%), e do coco seco (-6,5%).

O setor de pescados apresentou aumento de 3,61% influenciado pela maior demanda na quaresma. As principais altas ocorreram nos preços da cavalinha (32,9%), da pescada (31,8%), da abrótea (25,5%), da corvina (20,8%) e do cação congelado (17,3%). As principais baixas se deram nos preços da lula (-27,8%), das sardinhas fresca (-23,3%) e congelada (-21,5%), do atum (-16,8%) e do polvo (7,6%). (AE)