Após o controle da pandemia do novo coronavírus na China, a peste suína africana está reaparecendo no país e afetando os rebanhos de suínos, dos quais cerca de 120 milhões de animais foram dizimados pela doença no ano passado.

Novos casos da infecção não eram constatados desde meados de novembro de 2019, segundo autoridades chinesas, que afirmaram em fevereiro que a situação da epidemia era estável. A partir da segunda quinzena de março, entretanto, o Ministério da Agricultura chinês voltou a relatar uma série de novas infecções em todo o país.

Esses registros confirmaram as afirmações de consultores e veterinários que vinham diagnosticando animais com a doença, mesmo com as negações do governo sobre o crescimento no número de casos. 

Segundo eles, enquanto produtores identificavam novas infecções, autoridades chinesas continuavam fornecendo incentivos financeiros para a recomposição do plantel de suínos.

Pressão nos preços

A China tem tentado aliviar a pressão sobre os preços domésticos de carne suína, que mais do que dobraram em 2019 e permanecem altos neste ano. Em 17 de abril, o Departamento de Estatísticas chinês disse que o número de suínos no país aumentou cerca de 3% nos primeiros três meses deste ano, o equivalente a 10 milhões de animais.

O aumento ocorreu por causa da redução dos abates e do fechamento de muitas plantas de processamento em virtude do novo coronavírus. Nesse cenário, a produção de carne suína caiu quase um terço em relação ao mesmo período do ano passado. (Globo Rural)