As importações chinesas de carnes e miúdos totalizaram 6,178 milhões de toneladas em 2019, informou nesta manhã o Departamento de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês). A despesa com a importação do produto atingiu US$ 19,251 bilhões, também no acumulado do ano. Em dezembro, o país asiático importou 693.453 toneladas de proteína animal, volume 95,4% maior que o adquirido em igual mês do ano anterior. O valor desembolsado foi de US$ 2,515 bilhões, 150,9% acima do valor gasto em igual mês de 2018.
As importações de carne suína foram as que registraram maior alta em dezembro. No mês, a China adquiriu 269.846 toneladas, volume 178% superior ao comprado no mesmo mês do ano anterior. No acumulado de 2019, o país asiático comprou 2,108 milhões de toneladas de carne suína com o desembolso de US$ 4,674 bilhões.
De carne bovina, o país asiático importou 189.312 toneladas em dezembro, alta de 80,9% na comparação anual. Em 2019, foram adquiridas 1,659 milhão de toneladas da commodity pela China pelo valor de US$ 8,225 bilhões.
As compras de carne frango e miúdos de frango congelados cresceram 95,3%, para 86.107 toneladas em dezembro do ano passado. No acumulado do ano que passou, a China comprou 779.550 toneladas do produto com o desembolso de US$ 1,973 bilhão.
De carne de cordeiro, o país adquiriu 37.301 toneladas em dezembro, 35,4% a mais que no mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, a China importou 392.319 toneladas da proteína, gerando despesa de US$ 1,861 bilhão.
O aumento das importações chinesas de carnes ocorre em meio à crise que o país enfrenta na procura de alternativas para o suprimento de proteína animal, como consequência do avanço da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) sobre o seu rebanho. O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China estima que cerca de 41% do plantel do país já foi dizimado pela doença.