O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, disse ontem (16), em coletiva de imprensa, que o cenário internacional para a carne brasileira em 2022 permanece muito positivo e vai capturar mais oportunidades no mercado externo em 2022. “Nos Estados Unidos, o consumo está crescendo, o que diminui a sua competitividade no mercado externo.”
Santin destacou os focos de peste suína africana e casos de influenza aviária identificados pelo mundo como uma oportunidade para o País. “O Brasil terá maiores chances frente aos seus concorrentes no mercado internacional, além de continuar livre, sem nunca ter registrado nenhum caso de influenza aviária.”
Em relação à China, Santin disse que o país continua avançando na recomposição do seu plantel de suínos, dizimado pela peste suína africana. Apesar disso, ele ressaltou que o consumo também vai aumentar no país: “Vemos uma retomada no segundo trimestre de 2022 de carne suína pela China, não só em volume, mas também em preços.” Nesse aspecto, ele reconheceu que o Brasil continua tendo uma parcela importante do mercado chinês, especialmente com as projeções de crescimento nos embarques.
Rússia – O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, afirmou que o Brasil terá a maior chance de capturar exportações para a Rússia em 2022, durante coletiva de imprensa de ontem. “Perduram embargos políticos para os Estados Unidos e Europa, com isso, o Brasil, por ser uma das grandes nações exportadoras, vai ser quem terá a maior chance de capturar essa oportunidade que a Rússia fixou e que pode até ser maior dependendo do andamento do aumento de consumo da Rússia e de casos de peste suína africana (PSA).”
De acordo com Santin, a Rússia passou de concorrente para cliente. “As exportações de carne suína russa caíram de maneira bastante acentuada em maio e abril do ano passado, principalmente por conta da PSA, em alguns pontos do país, e também pelo aumento da demanda doméstica, já que a carne suína é a principal proteína consumida pelos russos.”
Santin comenta que mesmo sem a cota disponibilizada pela Rússia, de importação de 100 mil toneladas de carne suína, com potencial de gerar receita de mais US$ 200 milhões, as exportações brasileiras para o país vinham crescendo. “Entre julho, setembro e, agora em novembro, os embarques já vinham aumentando.”
(AE)