A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou as exportações de carne bovina in natura referentes aos 16 (dezesseis) primeiros dias úteis de abril/20 que contabilizaram um volume total de 96,50 mil toneladas e uma receita de US$ 421,75 milhões.

A média diária registrada ficou em 6,03 mil toneladas – avanço de 12,08% em comparação ao mesmo período do ano passado. O valor médio por tonelada registrou-se em US$ 4.370,63, aumento de 15,65% quando comparado com o valor médio de março/20.

Projeções apontam para exportações totais entre 115 e 125 mil toneladas enviadas até o final de abril, um cálculo considerando o histórico dos últimos três meses. Se confirmado, o total exportado será em média 4,71% menor do que o volume enviado em março/20 (125,93 mil toneladas) e avanço de 9,29% ante o mesmo período do ano passado, quando foram enviadas 109,80 mil toneladas.

Vale a pena ressaltar que possivelmente os embarques de carne bovina destinados aos países muçulmanos podem ser menores devido à época do Ramadã, iniciado no último sábado (25/abr).

Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior continuam a demonstrar fracos envios de milho brasileiro, mesmo com o preço quase 200% maior que em abril/19, o total enviado de 5,73 mil toneladas gerou uma receita de apenas US$ 3,37 milhões, valor que representa menos de 5% do total gerado em abril/19. A tendência é que os envios de cereal continuem tímidos até julho/20, quando a safrinha deve começar a ser escoada pelo Brasil.

Responsável por 88% do faturamento do mês de abril/20 no setor agropecuário, os envios da soja brasileira continuam acelerado, foram encaminhadas 13,22 milhões de toneladas até o 16º dia útil de abril, um avanço de 84% frente ao número do mesmo período do ano passado. Ainda que o preço da tonelada vendida esteja um pouco menor no comparativo anual, a receita gerada com as vendas da oleaginosa já bateram o total de todo o mês de abril/19. 

Com o dólar rondando a casa dos R$ 5,70, a expectativa é de um forte fluxo de envios internacionais, principalmente para a China, já que a soja brasileira está muito competitiva frente a norte-americana e argentina.