A exportação brasileira total de carne bovina (in natura e processada) registrou queda de 14% em volume em agosto, em comparação com igual mês de 2018. Foram embarcadas 150.383 toneladas ante 174.024 toneladas em agosto do ano passado. As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), com base na compilação de dados do Secex do Ministério da Economia. No mês passado, a receita cambial caiu 12%, alcançando US$ 618,7 milhões, em comparação com US$ 700,4 milhões no mesmo mês de 2018.

Segundo a Abrafrigo, a exportação ainda é recorde no acumulado de 2019, graças ao bom início de ano: em 2018, até agosto, haviam sido movimentadas 988.084 toneladas enquanto neste ano a comercialização alcançou a 1.140.420 toneladas, num crescimento de 15%. Na receita, até agosto de 2018, o valor obtido foi de US$ 4 bilhões. No mesmo período de 2019 este valor foi de US$ 4,34 bilhões, crescimento de 8%.

Conforme a entidade, o que chamou a atenção no desempenho de agosto foi o preço médio da carne bovina in natura, que representa 80% da exportação brasileira, e que está em recuperação. O valor ficou em US$ 4.178,1 a tonelada, avanço de 2,4% ante US$ 4.079,4 registrados no ano passado. Em julho deste ano, o preço médio por tonelada foi de US$ 3.987,7.

A China, principal comprador brasileiro, com 38,7% de participação, comprou de janeiro a agosto 430.956 toneladas ante 431.011 toneladas no mesmo período de 2018. O Egito, segundo maior importador, aumentou suas aquisições de 103.996 toneladas em 2018 para 120.556 em 2019.

Ainda no ranking dos principais importadores, o Chile foi terceiro maior em importações do Brasil, mesmo reduzindo suas aquisições em 0,5%: de 75.062 toneladas no ano passado, para 74.660 toneladas neste ano. No quarto lugar em movimentação, os Emirados Árabes ampliaram suas compras de 15.211 toneladas em 2019 para 60.063 toneladas em 2019 (+295%). Na quinta posição, o Irã reduziu suas importações em 13,4%: foi de 56.214 toneladas em 2018 para 48.753 de janeiro a agosto de 2019.

Segundo a Abrafrigo, este ano, até agosto, 98 empresas ampliaram suas importações enquanto outras 66 diminuíram suas Compras.