A Arábia Saudita suspendeu neste mês as importações de carne bovina de cinco plantas frigoríficas brasileiras, de acordo com documento publicado pela Saudi Food and Drug Authority (SFDA), a agência governamental que regula alimentos e medicamentos no país. O motivo não foi informado, mas as unidades estão localizadas no Estado de Minas Gerais, onde as autoridades brasileiras identificaram no início do mês um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), o mal da “vaca louca”. A suspensão das compras teve início no dia 6 de setembro.
A Plena Alimentos S/A, em Pará de Minas, a Supremo Carnes, em Ibirite e Campo Belo, e a Dimeza Alimentos, do Grupo Fricon, no município de Contagem, estão proibidas de exportar os seus produtos de carne bovina para a Arábia Saudita.
A decisão saudita entrou em vigor justamente no dia em que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) concluiu que os dois casos da doença, identificados em Minas Gerais e Mato Grosso, não representam risco para a cadeia de produção bovina brasileira.
Com o resultado da apuração internacional, o País se concentrava em avançar nas negociações com a China para liberar o mercado de exportação de carne bovina, que havia sido interrompido voluntariamente pelo Brasil enquanto mais informações sobre os casos estavam sendo analisadas. Agora, o Ministério da Agricultura deverá ampliar as negociações para reverter a medida tomada pelas autoridades árabes.
Em maio, a Arábia Saudita interrompeu as compras de carne de aves de 11 frigoríficos brasileiros, dentre eles, sete unidades da Seara, da JBS. O embargo ainda não foi retirado.
(AE)