A receita cambial com as exportações brasileiras de carne bovina in natura e processada avançou 42% em 2022 ante 2021, para US$ 13,091 bilhões. O volume embarcado em 2022 é 26% maior em comparação com o ano anterior, totalizando 2,3 milhões de toneladas, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. Em 2022, 110 países aumentaram suas aquisições da carne bovina brasileira, enquanto outros 57 reduziram a compra do produto.
A entidade diz que “a boa maré do mercado mundial”, principalmente do mercado chinês que representou mais da metade das vendas, tanto nos preços (60,9%) como nos volumes (53,3%), contribuiu para o resultado.
Em dezembro, a receita com as exportações do País foi de US$ 850,3 milhões, alta de 17% em relação aos US$ 726,8 milhões em igual mês de 2021. O volume embarcado no período foi de 186.084 toneladas ante 151.573 toneladas em dezembro de 2021. Apenas a China foi responsável pela compra de 99.744 toneladas no último mês do ano.
Na avaliação da entidade, esse quadro não deverá se repetir em 2023, principalmente em relação aos preços obtidos no último ano, já que nos últimos meses houve uma intensa renegociação dos valores com o mercado chinês, com o produto brasileiro apresentando quedas de mais de 10% nos preços médios.
No acumulado do ano, os Estados Unidos aparecem na vice-liderança, tendo adquirido 173.141 toneladas e gerando receita de US$ 904,1 milhões. Em 2021, a Abrafrigo lembra que a receita foi de US$ 801,7 milhões e a exportação de 117.805 toneladas, crescendo, respectivamente, 12,8% e 47%.
Em terceiro lugar ficou o Chile, mesmo com queda nas compras em relação a 2021: as exportações proporcionaram receita de US$ 360,1 milhões (- 29,2%) e uma movimentação de 71.858 toneladas (-27,5%).
Já o Egito ocupou a quarta posição, com receitas de US$ 354,4 milhões (+62,1%) e movimentação de 99.994 (+69,7%) toneladas em 2022, ante US$ 219,8 milhões e 55.399 toneladas em 2021.
Também com quedas na movimentação, Hong Kong ocupou a quinta posição: em 2021 a receita alcançou a US$ 793,7 milhões e caiu para US$ 308,9 milhões em 2022 (-61,1%). Já a movimentação foi de 206.468 toneladas em 2021 para 88.535 toneladas em 2022 (-57,1%), o que foi amplamente compensado pela elevação das compras da China pelo continente.