As exportações brasileiras de carne bovina (in natura e processada) atingiram o recorde de 2,016 milhões de toneladas em 2020, crescimento de 8% na comparação com as 1,875 milhão de toneladas verificadas em 2019. Já a receita aumentou 11% na mesma base comparativa, passando de US$ 7,6 bilhões em 2019 para US$ 8,4 bilhões no ano passado. Os dados foram divulgados há pouco pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), com base em levantamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
Em dezembro, entretanto, o cenário foi de queda em relação ao mesmo mês de 2019. O volume de 168,156 mil toneladas embarcado ao exterior foi 3% menor que o de 173,991 mil toneladas do ano anterior. Além disso, a receita com as exportações caiu 12%, para US$ 741 milhões, ante US$ 837 milhões em dezembro de 2019.
A China continua sendo a principal compradora – pelo continente e por Hong Kong -, responsável por adquirir 1,182 milhão de toneladas do produto no ano, ou 58,6% do volume total embarcado pelo País. Com isso, a potência asiática gerou uma receita de US$ 5,1 bilhões para exportadores brasileiros, isto é, 60,7% do faturamento total obtido com os embarques.
O segundo maior importador da proteína bovina brasileira em 2020 foi o Egito, com 127,953 mil toneladas – recuo de 23% na comparação com 2019 -, seguido por Chile, com 90,403 mil toneladas (queda anual de 18,2%), e Estados Unidos, que ultrapassaram a Rússia, com 59,444 mil toneladas (avanço anual de 53,8%). Na quinta colocação, ficou a Rússia, que importou 58,849 mil toneladas (-15,4% em relação a 2019). Em seguida, há, ainda, Arábia Saudita, com aquisição de 41,067 mil toneladas (-4,4% ante 2019), Emirados Árabes, que comprou 44,2% menos que no ano passado: 40,86 mil toneladas e Filipinas, com crescimento de 13,4% nas compras brasileiras em 2020, para 30,673 mil toneladas.
“Para 2021, a Abrafrigo espera a manutenção do ritmo comprador da China e alguma elevação nas importações por parte dos países da União Europeia, Países Árabes e de novos mercados, com a melhoria da situação econômica mundial graças ao início da vacinação contra a covid-19 e a volta do consumo na alimentação fora de casa. O acréscimo previsto é de 5%”, afirma a entidade, em nota. (AE)