A Câmara de Comércio dos Estados Unidos enfatizou nesta quinta-feira a importância de laços funcionais entre EUA e China e instou Pequim a intensificar suas compras de bens e serviços norte-americanos, conforme combinado na Fase 1 do acordo comercial, apesar dos atrasos causados pelo coronavírus.
A Câmara de Comércio informou que a pandemia claramente desacelerou o progresso de ambos os governos, mas que há razões para ter esperança. Também saudou conversas regulares entre as duas maiores economias do mundo sobre implementação de compras, reformas de propriedade intelectual e outras questões cobertas pelo acordo comercial.
“A implementação é crucial. O Covid-19 retardou inquestionavelmente o progresso de ambos os governos, e será essencial para que o ritmo de implementação das compras acelere acentuadamente”, afirmou em comunicado, após uma reunião virtual dos principais líderes empresariais dos EUA e da China na quarta-feira.
A reunião, uma das duas convocadas anualmente pela Câmara e pelo Centro de Intercâmbio Econômico Internacional da China, um centro de estudos com sede em Pequim, focou na Fase 1 do acordo comercial que entrou em vigor em fevereiro e nos desafios da cadeia de suprimentos.
As tensões entre os dois países aumentaram nos últimos meses, provocando perguntas sobre o futuro do acordo comercial, no qual a China concordou em comprar 200 bilhões de dólares a mais em bens e serviços norte-americanos em dois anos.
A China ameaçou retaliar depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou legislação na quarta-feira pedindo sanções contra a repressão dos uigures da China, uma minoria muçulmana.
A Câmara disse que os 1,4 bilhão de consumidores da China representam o mercado que mais cresce para as empresas norte-americanas, mas as empresas norte-americanas também enfrentam inúmeros desafios ao fazer negócios com a China.
Apesar dos desafios e das recentes tensões, afirmou que um relacionamento funcional entre os dois países “é do interesse fundamental dos norte-americanos e de paz e estabilidade no mundo”. (Reuters)