A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) avaliou como “adequada” a resposta do Brasil aos casos de influenza aviária confirmados no país nas últimas semanas. As nações árabes são destino de 32% das exportações brasileiras de carne de aves.
Em nota, o secretário-geral da entidade, Tamer Mansour, disse que a condução do Ministério da Agricultura e das empresas exportadoras de derivados avícolas tem sido “clara, transparente e organizada” e que essa é a razão pela qual a doença não atingiu criações comerciais que abastecem os mercados interno e externo.
“Nenhum país árabe solicitou uma consulta formal ou oficial sobre o acontecimento. Isso graças ao Brasil ter sido muito transparente na transmissão de informações. Então, os países árabes estão se posicionando no sentido de monitorar a situação”, avalia o dirigente.
O Ministério da Agricultura já confirmou a ocorrência de 24 casos da doença no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e em São Paulo, todos em aves silvestres. Nesta terça-feira, o governo federal abriu crédito extraordinário de R$ 200 milhões para o monitoramento da doença, que até o momento não afetou as exportações.
No caso das exportações para os países árabes, que somaram 506,2 mil toneladas de carnes e derivados de aves de janeiro a maio deste ano, a Câmara Árabe tem como rotina a verificação dos certificados de sanidade de cargas.
Segundo a nota, Tamer Mansour tem aproveitado suas interlocuções com governos árabes para reforçar que a cadeia produtiva de derivados avícolas no Brasil é altamente verticalizada e que já seguia antes dos casos procedimentos sanitários rigorosos. Com a confirmação da influenza, esses procedimentos foram reforçados, com a proibição total de visitas aos criatórios.
A entidade também enviou uma nota às embaixadas árabes no Brasil reforçando que a confirmação de influenza aviária não altera a condição do país como área livre da doença junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
(Globo Rural)