A norte-americana Tyson Foods disse que continuará produzindo menos carne em suas fábricas mesmo depois da ordem executiva do presidente dos EUA, Donald Trump, que considerou as plantas dos frigoríficos como “infraestrutura crítica” nesta pandemia da Covid-19 – portanto, essas unidades devem permanecer abertas para proteger o suprimento do país, informou a agência Reuters.
Nas últimas semanas, a Tyson, Smithfield Foods e JBS USA, entre outras, fecharam fábricas, limitando a produção de carne suína e bovina e alimentando os temores sobre a escassez. “Temos e esperamos continuar enfrentando desacelerações e ociosidade temporária das instalações de produção devido à escassez de membros da equipe ou às escolhas que fazemos para garantir a segurança operacional”, afirmou Tyson em comunicado.
Antes da ordem de Trump, a gigante norte-americana alertou que milhões de libras de carne bovina, suína e de frango desapareceriam dos supermercados dos EUA por causa do fechamento de fábricas. O presidente da Tyson disse que a “cadeia de suprimentos de alimentos está quebrando” nos EUA, pois os produtores estão sacrificando o gado porque perderam mercados para eles.
A Tyson reportou lucros e receitas abaixo do esperado no trimestre encerrado em 28 de março, antes de processadores fecharem grandes plantas de abate em função do avanço da Covid-19 entre funcionários.
As ações da empresa recuaram mais de 8%, com a Tyson dizendo também que as vendas de carnes vão cair no segundo semestre deste ano porque a pandemia reduziu a demanda de restaurantes pelos produtos.
“Houve alguma escassez em algumas categorias específicas”, disse o presidente-executivo da companhia, Noel White, em conferência com analistas. (DBO)