A BRF reduziu seu prejuízo líquido no primeiro trimestre de 2020 para 38 milhões de reais, comparado a uma perda de 1 bilhão de reais no mesmo período do ano passado, graças a um aumento no volume e no valor das vendas.

Conforme balanço enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no domingo, a receita líquida da empresa cresceu 21%, para quase 9 bilhões de reais, e o volume de alimentos vendidos aumentou em 8,1%, para 1,1 milhão de toneladas.

A BRF discutirá seus resultados com analistas e investidores nesta segunda-feira.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, uma medida do lucro operacional, cresceu 67,2% no trimestre, para 1,251 bilhão de reais. A geração total de caixa saltou quase 1.000%, para 2,774 bilhões de reais.

O mercado Halal permaneceu importante, representando cerca de 25% do volume total vendido pela empresa no trimestre, ou 277.000 toneladas.

Os volumes vendidos no mercado Halal, onde os alimentos devem ser preparados de acordo com os padrões alimentares muçulmanos, também corresponderam a cerca da metade das 562.000 toneladas que a empresa vendeu no Brasil no primeiro trimestre do ano.

A BRF disse que a pandemia global do novo coronavírus provocou a necessidade de buscar canais de varejo para compensar uma queda nas vendas para restaurantes.

Enquanto busca entender as tendências nos hábitos de consumo e a cadeia de suprimentos impactada pelo Covid-19, a BRF procura aquisições em potencial em negócios, tecnologia ou processos devido ao impacto econômico e de liquidez causado pela pandemia.

A BRF anunciou a aquisição dos 25% restantes de uma empresa de alimentos na Arábia Saudita, onde também planeja investir 120 milhões de dólares para construir uma planta de processamento de frango.

Na sexta-feira, a BRF anunciou que comprou 100% da Joody Al Sharqiya Food Production Factory, uma empresa saudita de processamento de alimentos, por cerca de 8 milhões de dólares. (Reuters)