O Brasil registrou nesta quarta-feira o maior número de casos confirmados de coronavírus em um só dia desde o início da pandemia, com a contabilização de mais 11.385 infecções, o que eleva o total no país a 188.974, informou o Ministério da Saúde.
Em relação às mortes por Covid-19, o país notificou 749 novos óbitos, atingindo o total de 13.149. O número ficou abaixo do recorde diário, registrado na véspera, de 881.
A máxima anterior para a contagem de novos casos em um único dia era de 9 de maio, quando foram registradas 10.611 infecções.
Depois de ter ultrapassado a Alemanha em número de casos de coronavírus na terça-feira, o Brasil agora se vê à frente também da França, que possui cerca de 178 mil infecções. Isso faz do país o sexto do mundo em quantidade de casos.
A divulgação diária dos números pelo Ministério da Saúde não indica que as infecções e óbitos tenham necessariamente ocorrido nas últimas 24 horas, mas sim que os registros foram inseridos no sistema no período.
Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde cancelou a entrevista coletiva para divulgação do detalhamento das diretrizes sobre distanciamento social no país, alegando divergências com Estados e municípios no assunto.
Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde aproveitou o dia para ressaltar que o mundo possui um “longo caminho pela frente” no combate à pandemia. O especialista em emergências da entidade, Mike Ryan, chegou a afirmar que é possível que o vírus nunca desapareça.
Na contagem do Ministério da Saúde por Estados, São Paulo continua sendo o mais afetado pelo coronavírus, atingindo 51.097 casos, um avanço de 3.378 na comparação diária, e 4.118 mortes, alta de 169.
Nesta quarta-feira, pela primeira vez desde o início da pandemia, o Ceará apareceu à frente do Rio de Janeiro em número de infecções. O Estado do Nordeste chegou a 19.156 casos, enquanto o Rio tem 18.728.
Em número de mortes, porém, o Rio de Janeiro segue à frente, com 2.050, contra 1.389 óbitos no Ceará.
Ainda de acordo com o ministério, o Brasil possui 78.424 pacientes recuperados da Covid-19 e 97.402 em acompanhamento. (Reuters)