O Brasil registrou nesta quinta-feira um novo recorde diário de mortes pelo coronavírus, contabilizando mais 1.188 óbitos, o que eleva o total no país para 20.047, informou o Ministério da Saúde.
Em relação à contagem de casos, foram notificadas 18.508 novas infecções, fazendo com que o total chegue a 310.087. O número de casos relatados fica pouco abaixo do recorde para um único dia, de 19.951, registrado na quarta-feira.
A máxima diária anterior para notificações de óbitos era de 19 de maio, quando foram verificadas 1.179 mortes.
A divulgação dos números pelo Ministério da Saúde não indica que as infecções e óbitos tenham necessariamente ocorrido nas últimas 24 horas, mas sim que os registros foram inseridos no sistema no período.
O Brasil segue como o terceiro país do mundo com maior número de casos do vírus, atrás apenas dos Estados Unidos (1.557.727) e da Rússia (317.554), de acordo com contagem da Reuters.
O Ministério da Saúde revelou nesta quinta-feira, em entrevista coletiva diária de suas autoridades, que 62,6% dos municípios brasileiros têm infecções confirmadas.
O momento é visto pelo diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis da pasta, Eduardo Macário, como o de “maior pressão” em relação ao número de casos.
O ministério segue com comando provisório desde que Nelson Teich pediu demissão, na última sexta-feira —a segunda troca desde o início da pandemia. O general Eduardo Pazuello ocupa interinamente o cargo de ministro.
Até agora, segundo a pasta, foram realizados cerca de 585 mil testes para identificação da Covid-19 no país, com uma média diária de análise de 7 mil exames.
Considerando a contagem de casos por Estados realizada pelo Ministério da Saúde, São Paulo continua sendo o mais afetado pela pandemia, atingindo as marcas de 73.739 casos e 5.558 mortes.
Na sequência dos números vem o Rio de Janeiro, que voltou a ocupar a segunda colocação, com 32.089 casos e 3.412 mortes, seguido pelo Ceará, que possui 31.413 infecções e 2.161 óbitos.
Mais cedo nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro participou de uma reunião virtual com os governadores de todos os Estados, além dos presidentes da Câmara e do Senado, para discussão de medidas relacionadas ao à pandemia.
Após o encontro, que teve tom mais amistoso do que a reunião anterior entre Bolsonaro e os governadores, o presidente —que é a favor da flexibilização das medidas de isolamento— declarou a apoiadores que o país está “na iminência de abrir com responsabilidade” o comércio.
Na reunião com Bolsonaro, o governador do Estado mais atingido pela crise sanitária, João Doria (PSDB), que é um crítico da forma com que o presidente lida com a pandemia, adotou tom mais ameno e disse que “a existência de uma guerra coloca todos em derrota”.
O Ministério da Saúde indica que o Brasil possui 125.960 pessoas recuperadas da Covid-19 e 164.080 em acompanhamento. (Reuters)