O Brasil conquistou em maio o direito de exportar produtos do agronegócio para novos países e também a ampliação de mercado para parceiros comerciais já consolidados, segundo levantamento do Ministério da Agricultura obtido pelo Broadcast Agro. Foram 10 no total, com destaque para novas permissões de exportação de carnes ao mercado asiático. A Tailândia, por exemplo, permitiu a importação de carne bovina desossada e com osso, miúdos bovinos e produtos lácteos brasileiros. Desde o início do ano, houve 32 aberturas comerciais, ante 35 do ano passado inteiro.

Os lácteos nacionais também obtiveram certificado para exportação ao mercado australiano. Ainda em maio, Taiwan autorizou a importação de alimentos preparados para animais, a Coreia do Sul abriu o mercado para castanha-de-baru e o Peru liberou a entrada de três plantas brasileiras – eucalipto, tillandsia e stevia. Também no mês, o Irã aprovou a importação de folhas de tabaco do Brasil e as Filipinas credenciaram mais 13 frigoríficos brasileiros para exportação de carnes bovina, de aves, de peru e suína.

Na primeira semana de junho duas novas aberturas foram concluídas. A África do Sul abriu mercado para importação de carnes de suínos e aves brasileiras na sexta-feira (5) e, na terça-feira passada(2), mais cinco plantas brasileiras foram habilitadas para exportar carne suína e de frango para o Vietnã.

Em abril, todas as ações foram voltadas à Argentina. O país vizinho aprovou a importação de produtos avícolas termoprocessados, lanolina e recortes de pele bovina para gelatina.

Em março, para Egito foram habilitadas 42 novas plantas de carne bovina e de frango e liberada a importação de miúdos bovinos brasileiros. Marrocos e os Emirados Árabes Unidos autorizaram a importação de pintos de um dia e de ovos férteis do Brasil. Do lado do mercado asiático, a China autorizou a exportação de pescado por 108. Ainda no mês de março, a Colômbia liberou a importação de milho pipoca brasileiro.

Em fevereiro, os Estados Unidos e o Kuwait anunciaram a reabertura para a carne bovina in natura brasileira. No mês, também foram autorizadas exportação de embriões bovinos, sêmen suíno e carne de rã para a Argentina. Em janeiro, a Índia liberou a entrada de gergelim brasileiro e a Colômbia de carnes e miúdos de aves desidratados ou liofiliziados.

Em pronunciamentos recentes, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, vem afirmando que, com o avanço da Covid-19, o movimento de abertura de mercados foi intensificado por vários países. Estes países, segundo a ministra, buscam assegurar o abastecimento interno de alimentos diante das restrições logísticas impostas pela doença. Procuram o Brasil interessados em firmar certificados sanitários e viabilizar esse comércio. (AE)