Milho
De modo geral, as oscilações para o preço do milho têm sido limitadas, mantendo-se sustentadas no mercado físico e sem força para romper os principais suportes gráficos em bolsa.
E ainda, com o início da colheita da temporada 2018/19 aproximando-se, enquanto continuam incertezas sobre os fretes nos próximos meses, há o temor de que alta do custo do transporte pela soja possa pressionar também o valor do cereal.
Neste caso, o lado consumidor pode antecipar suas compras (antes que se inicie a colheita da soja) aquecendo os preços deste insumo.
As referências de balcão ficam em torno de R$ 29,50/sc em Rio Verde/GO e em R$ 25,50/sc para entrega em agosto/19. No MS, referências do físico em R$ 28,50/sc. Para entrega em agosto, a indicação está em R$ 23,50/sc.
Por fim, as cotações em bolsa têm variações distintas, com ligeira alta para os contratos do início de 2019, enquanto o vencimento para maio/19 corrige sua cotação para baixo.
De todo modo, os preços futuros do cereal abrem o pregão lateralizados em um prazo maior.
Boi gordo
A primeira semana de dezembro foi de manutenção das cotações da arroba. Após avanços nos últimos dias, a quinta-feira (06/dez) foi de estabilidade, com variações pontuais.
A pressão por avanços das cotações perde um pouco de força. Após alta das indicações, os frigoríficos conseguiram aumentar as escalas de abate, aliviando o mercado. Em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, as escalas médias avançaram mais de 50% nesta semana, ficando em 8,6 e 9,4 dias úteis, respectivamente.
A indústria deve esperar o ritmo do escoamento de carnes no final de semana para definir as estratégias de compra na próxima semana. Entretanto, a oferta de animais ainda é restrita e os preços devem seguir firmes na próxima semana, não havendo espaço para recuo de preços na maioria das praças.
O indicador Esalq/BM&F ficou em R$ 149,25/@ (+0,30%), maior valor desde 18/out. No mercado futuro da B3, o contrato com vencimento em dezembro fechou em R$ R$ 150,50/@ (+0,03%).
Os contratos futuros para janeiro e maio/19 encerraram o dia a R$ 152,00/@ (-0,20%) e R$ 151,95/@ (+0,07%), respectivamente.
Soja
As cotações em Chicago seguem sem fôlego para tendência clara de preços, e o que se mantém são os patamares alcançados nesta semana após a reunião do G20.
Sem definições claras sobre a trégua comercial, mas ainda com tensões entre os dois países, a perspectiva é de desgaste para “cessar-fogo”.
Por enquanto, o principal efeito tem sido pressionar para baixo os prêmios nos portos brasileiros, especialmente para os embarques de janeiro.
Já que a possibilidade da China voltar a comprar a soja norte-americana deve acirrar a competição com o produto brasileiro logo no início de 2019, e se o volume exportado com soja dos portos brasileiros reduzir, os preços também recuam.
Além disso, a expectativa é que os primeiros lotes da soja brasileiras cheguem aos portos já no final de janeiro, dependendo das condições climáticas durante a colheita.
No mercado físico, a disponibilidade da matéria-prima segue bastante restrita, e apesar do alívio aos preços pela colheita da safra 2018/19, se a China continuar demandando o produto brasileiro, os preços devem seguir sustentados em 2019.
Neste cenário, haverá consumo aquecido pela soja da safra nova, além de recuperação dos prêmios nos portos e dólar em alta.
Cotações parciais
Boi gordo
Dez/18: 150,80 / 0,15
Jan/19: 152,00 / 0,00
Fev/19: 152,35 / 0,00
Mai/19: 151,05 / 0,00
Out/19: 156,80 / 0,00
Milho
Jan/19: 37,59 / 0,09
Mar/19: 37,61 / 0,20
Mai/19: 35,90 / 0,30
Jul/19: 34,30 / 0,00
Soja – B3
Nov/18: 22,33
Soja – Mini contrato – CME (B3)
Jan/19: 20,09 / 0,00
Mar/19: 20,02 / 0,00
Mai/19: 20,50 / 0,00
Soja – CBOT
Jan/19: 908,25 / -1,25
Mar/19: 920,25 / -1,75
Mai/19: 933,25 / -1,25
Jul/19: 944,50 / -1,75
Dólar comercial: 3,92
Dólar Futuro
Jan/19: 3923,50 / 40
Fev/19: 3905,00 / 0,00
Mar/19: 3917,00 / 0,00