Milho

Na última sexta-feira (04/jan), os preços futuros do cereal alcançaram os maiores em mais de 3 meses. Mas sem força para romper as resistências gráficas, a máximas não são renovadas.

E assim, os preços futuros têm correção para baixo, devolvendo parte dos ganhos recentes. De todo modo, o contrato para jan/19 tem suporte gráfico em R$ 39,00/sc.

Enquanto o vencimento para março/19 mantém o viés altista para os primeiros meses de 2019, com suporte em R$ 39,30/sc.

Ou seja, ainda que os contratos futuros passem por ajustes negativos nesta semana, dado os riscos de produção e a baixa liquidez no balcão, os valores em bolsa devem respeita esses limites gráficos.

Para maio/19, a perspectiva é de alívio as cotações, com atual equilíbrio de preços entre R$ 37,35 e R$ 38,20/sc.

Por fim, as negociações de balcão continuam praticamente paradas, dado o período do ano, mas com perspectiva de gradual retomada de novos acordos.

Boi gordo

A primeira semana de 2019 foi de lentidão no mercado do boi gordo. Os frigoríficos operam com escalas sob controle e aguardam o consumo de carne bovina para evitar formação de estoques nas câmaras frias.

Sazonalmente, o consumo de carne bovina é mais lento em janeiro. Assim, a oferta de boiadas a pasto influenciará na direção do preço da arroba. Em praças onde há um número maior de animais terminados, as virações devem ser negativas.

Em Goiás, segundo os preços levantados pela Agrifatto, a arroba a prazo recuou de R$ 142,25/@ (02/jan) para R$ 140,14/@ (04/jan). Em São Paulo, a arroba à vista recuou 0,27% na última semana, para R$ 152,63/@ (para descontar impostos).

As escalas de abate, a depender do estado, variam entre 4 e 8 dias. Em Minas Gerais e Mato Grosso, estão em 4 dias. No Tocantins, Goiás e Mato Grosso do Sul se aproximam de 7 dias. Em São Paulo, atende a 6 dias.

O indicador Esalq/BM&F encerrou a última sexta-feira (04/jan) a R$ 154,70/@ (+2,72%). No mercado futuro da B3, o contrato com vencimento em janeiro fechou em R$ 152,55/@ (+0,39%). Já os contratos para fevereiro e maio subiram 0,20%, para R$ 152,45 e R$ 151,70/@, respectivamente.

Soja

Os preços futuros da soja em Chicago continuam com valorizações, retornando para patamares acima de US$ 9,00/bushel – recuperando níveis de preços do início de dezembro/18.

E ainda, o que mantém os reajustes para cima é a perspectiva de retomada das negociações entre EUA e China, além do comprometimento das lavouras brasileiras pelo período de estiagem.

Já os prêmios nos portos brasileiros que vinham registrando acomodações nas últimas semanas, agora caminham de lado. Vale destacar que até o final deste mês já deve chegar soja brasileiras aos portos, o que pode mexer com os preços domésticos.

No mercado doméstico, além do período do ano que esfria o mercado, o recuo recente do dólar também afasta produtores de novas negociações. Com a colheita ganhando fôlego nas próximas semanas, a comercialização com a oleaginosa também pode se aquecer.

Cotações parciais

Boi gordo
Jan/19: 152,70 / 0,00
Fev/19: 152,30 / 0,00
Mar/19: 152,60 / 0,00
Mai/19: 151,40 / 0,00
Out/19: 156,50 / 0,00

Milho
Jan/19: 39,55 / -0,20
Mar/19: 40,04 / -0,12
Mai/19: 37,68 / -0,22
Jul/19: 34,30 / 0,00

Soja – B3
Nov/18: 22,11

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mar/19: 20,35 / 0,00
Mai/19: 20,58 / 0,00
Jul/19: 20,66 / 0,00
Ago/19: 20,76 / 0,00

Soja – CBOT
Jan/19: 912,00 / 2,50
Mar/19: 924,25 / 2,75
Mai/19: 936,75 / 2,25
Jul/19: 948,50 / 2,50

Dólar comercial: 3,70 / -0,01

Dólar Futuro
Fev/19: 3708,50 / -13,00
Mar/19: 3765,00 / 0,00
Abr/19: 3737,00 / 0,00
Mai/19: 3749,50 / 0,00