Impactos comerciais nos grãos
No mercado futuro, a última quinta-feira foi marcada por impactos das decisões comerciais entre Estados Unidos e outros países importadores, que levou os preços a cederem.
Milho
Em Campinas/SP, os preços do milho avançam 0,40% no último dia 30/01, com a saca cotada a R$ 74,79. Na B3, os futuros de milho registraram valorizações ao longo da última quinta-feira. Apesar da queda das cotações em Chicago, a alta do dólar frente ao real e as preocupações com o atraso na janela do milho 2ª safra no Brasil sustentaram os preços. O contrato março/25 (CCMH25) avançou 0,41%, encerrando o pregão regular de 30/01 a R$ 76,03/sc.
Na Bolsa de Chicago, os futuros de milho recuaram na quinta-feira, pressionados pelo aumento das expectativas de imposições tarifárias por parte do governo dos EUA sobre o Canadá e o México, dois grandes parceiros comerciais. Além disso, as vendas semanais de milho dos EUA na temporada 2024/25 vieram dentro das estimativas, totalizando 1,359 milhão de toneladas até 23/jan. O contrato março/25 (CH25) desvalorizou 1,36% e terminou a sessão diurna de 30/01 a US$ 4,90/bu.
Boi gordo
No mercado físico do boi gordo, a pressão negativa da indústria frigorífica continua e aos poucos vai dando resultado, já que a oferta de fêmeas disponíveis para o abate está aumentando. Em Minas Gerais, o boi gordo fechou o dia cotado a R$ 314,96/@, com queda de 0,66% em comparação ao dia anterior e de 1,09% no comparativo semanal. Na B3, o cenário também foi negativo, com todos os contratos operando no vermelho. O contrato com vencimento em mar/25 registrou a maior desvalorização do dia, recuando 1,67% e encerrando as negociações a R$ 318,35/@.
Já no atacado paulista, as vendas demonstraram firmeza, impulsionadas pelos pedidos de reabastecimento dos varejistas. A chegada de fev/25 traz expectativas de reaquecimento no mercado interno e consequentemente maior pressão para cima nos preços. A carcaça do boi castrado registrou acréscimo de R$ 0,50/kg e fechou a quinta-feira cotada a R$ 21,50/kg.
Soja
Em Paranaguá/PR, os preços da soja fecharam estáveis com a saca a R$ 130,99. Apesar da queda no mercado internacional e das preocupações climáticas em regiões produtoras, os preços internos seguiram refletindo o avanço da colheita no Brasil.
Os futuros da soja em grão registraram perdas na última quinta-feira em Chicago, influenciados pelo aumento das expectativas de imposições tarifárias dos EUA sobre países importadores e pelo fraco dado de vendas semanais de soja norte-americana na temporada 2024/25, que totalizaram 438 mil toneladas até 23/jan, abaixo das estimativas do mercado. O contrato março/25 (ZSH25) recuou 1,56%, fechando a sessão regular de 30/01 a US$ 10,44/bu.