Milho

Sem fatores expressivos para alterar o equilíbrio das cotações, os contratos futuros têm movimentação técnica, com os vencimentos trabalhando em campo positivo nesta manhã (30/10).

A variação para cima busca as resistências gráficas, e consegue recuperar todas as perdas da véspera. A atenção agora se volta para a força que os contratos podem exibir, ou seja, se conseguem se estabelecer em patamares mais altos ou se devolverão os ganhos até o final do pregão.

E ainda, no relatório do Imea desta semana, destaque para a elevação dos custos da produção de milho no estado. Com o fortalecimento do câmbio, e alta para o diesel, defensivos e fertilizantes (em especial o valor da ureia), o custo operacional subiu para R$ 2.374/ha.

Em contrapartida, a acomodação do dólar puxou para baixo a paridade de exportação, além de perspectivas positivas para a semeadura da próxima temporada que aliviam o mercado.

Deste modo, as cotações no MT recuaram 8,90% desde o início de outubro, com média em R$ 19,64/sc.

Por fim, o último indicador do CEPEA contou com novo ajuste de -0,20% e parcial em R$ 34,48/sc. Menor patamar desde fevereiro/18.

Boi gordo

Frigoríficos avançam na procura por animais terminados, com a expectativa de fortalecimento do consumo interno, na esteira do pagamento de salários e pelo feriado de finados (02/nov).

A segunda-feira (29/out) foi de estabilidade das cotações na maioria das praças. Em SP, a arroba à vista se manteve em R$ 149,00 (para descontar Funrural). Já no MS e GO, os preços ficaram em R$ 146,15/@ e R$ 137,67/@, respectivamente.

A desvalorização do dólar ante o real reduz a receita com exportações dos frigoríficos e, com o consumo de carne interno patinando, as cotações ainda podem passar por ajustes em novembro – especialmente na segunda metade do mês, quando o consumo perde fôlego.

O indicador Esalq/BM&F fechou ontem a R$ 147,55/@ (+0,03%). Já o contrato para outubro/18 permaneceu em R$ 147,20/@.

Soja

Após o pregão de Chicago abrir em cotações menores que o fechamento da véspera, os preços futuros tentam se manter em patamares levemente mais altos.

O fato é que a oferta confortável desta temporada combinada com a fraca demanda pelo produto norte-americano continua pressionando para baixo os valores.

Neste sentido, a retórica comercial entre EUA e China se mantém como principal fator, e a expectativa mais recente sobre o tema, fica pelo encontro do G20 – ao final de novembro na Argentina.

O encontro que contará com os presidentes dos EUA e da China lança luz ao tema, e se a guerra comercial não for amenizada neste encontro, novas tarifas deverão ser adotadas.

Se a disputa comercial entre os dois países não for solucionada, a nova safra brasileira deverá ser colhida com os prêmios nos portos em alta e cotações ainda fortalecidas. Já se os dois países entrarem em um acordo, os preços domésticos deverão passar por rápidos ajustes.

Cotações parciais

Boi gordo
Out/18: 147,60 / 0,15
Nov/18: 148,00 / 0,30
Dez/18: 149,00 / 0,10
Jan/19: 149,00 / 0,25

Milho
Nov/18: 34,95 / 0,15
Jan/19: 35,94 / 0,54
Mar/19: 35,75 / 0,20
Mai/19: 34,20 / 0,00

Soja – B3
Nov/18: 21,07
Mar/19: 19,96

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Nov/18: 18,49 / 0,00
Jan/19: 18,84 / 0,06
Mar/19: 19,15 / 0,07
Mai/19: 19,38 / 0,00

Soja – CBOT
Set/18: 840,50 / 1,50
Nov/18: 854,00 / 1,75
Jan/19: 867,50 / 2,00
Mai/19: 881,50 / 2,25

Dólar comercial: 3,70

Dólar Futuro
Nov/18: 3703,00 / -18,00
Dez/18: 3714,00 / -21,50
Jan/19: 3716,36 / 0,00
Fev/19: 3725,24 / 0,00

Ao longo do dia traremos mais negócios realizados nas praças de importância.

Bons negócios!