Milho

O relatório do Instituto Mato-Grossense de Economia Aplicada (Imea) desta semana informou o recuo dos preços de paridade, resultado das quedas na Bolsa de Chicago e também dos prêmios nos portos.

A paridade que estava em R$ 22,87/sc na última semana, recuou 3,06% para R$ 22,17/sc. A queda em Chicago foi de 2,80% no mesmo período, com parcial em US$ 4,21/bushel (set/19).

E assim, o indicador do milho mato-grossense caiu em intensidade ainda maior, recuando 3,88% para R$ 22,37/sc.

Além disso, o relatório destaca avanço para a colheita da safrinha do milho 2018/19, alcançando 93,90% da área colhida (nesta mesma época do ano passado, a proporção estava em 80,50%).

E ainda, ontem (29) o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou seu relatório semanal de acompanhamento das lavouras, apontando que 58% das áreas estavam em condições boas ou excelentes – aumento de 1 p.p. ante o relatório da semana anterior.

Nesta mesma época do ano passado, 72% das lavouras estavam em boas ou excelentes condições.

Boi gordo

Sem grandes novidades para a conjuntura do boi gordo, combinado com o menor ritmo de consumo interno neste período, o mercado abriu esta semana mais lento.

Aliás, os futuros do boi gordo na bolsa também iniciaram o pregão desta terça-feira (30) mais cautelosos, e apenas o contrato para out/19 contou com variação na primeira hora do dia (caindo R$ 0,20 e com parcial em R$ 161,10/@).

Mas as escalas gradualmente menores enquanto aproxima-se a virada do mês, tem potencial de imprimir sustentação mais forte aos preços do boi gordo no curto/médio prazo.

Na comparação semanal, as escalas caíram nos estados do Centro-Oeste. A média dentre as praças de Goiás caiu 17% (para 6,4 dias úteis), e no MT o recuo de 11% trouxe as escalas para 6 dias úteis.

O MS não contou com variação semanal, abrindo a semana com 5,5 dias úteis, na média do estado. Por outro lado, as programações avançaram em SP, ficando entre 8 e 9 dias úteis (alta semanal de 11%).

Ontem (29/jul) o indicador Cepea/B3 ficou em R$ 152,70/@ (-1,1%).

Soja

Para a soja, o relatório do Imea destaca as incertezas do mercado, com o cenário ainda nebuloso gerando pressão negativa as cotações do grão brasileiro.

A variação cambial mostrou impacto importante as cotações, com o Instituto destacando a queda de 4,34% para a moeda norte-americana desde o seu fechamento de maio. Com isso, as indicações em Chicago também mostram dificuldades em sustentar patamares acima de US$ 9,00/bushel, caindo 4,18% no mesmo período.

E ainda, a indefinição sobre a disputa comercial entre EUA e China também deixa o mercado apreensivo, com quedas para os prêmios nos portos brasileiros.

Para embarques em agosto pelo porto de Paranaguá, os prêmios estão em torno de US$ 0,83/bushel – há 30 dias estavam em US$ 0,95/bushel.

Em seu relatório semanal divulgado ontem (29), o USDA atualizou as condições das lavouras de soja nos EUA, com 54% da safra em boas ou excelentes condições. Trata-se da mesma proporção registrada no relatório da semana anterior.