Ano da serpente chegou!
Com o ano novo lunar e o recesso dos importadores chineses, vendas para o gigante asiático ficam interrompidas
Boi Gordo 
No mercado físico do boi gordo a “queda de braço” entre os produtores e frigoríficos ganhou tom mais negativo em todas as regiões monitoradas. O maior recuo, de 1,14%, foi registrado em São Paulo, onde o boi gordo fechou o dia precificado a R$ 326,52/@. Já na B3 o clima foi menos extremo, onde o contrato com vencimento em abr/25 foi o que mais expandiu hoje (+ 0,77%) ficando cotado a R$ 321,75/@ e o vencimento de mar/25 ocupou o maior declínio do dia (-0,14%), ficando cotado a R$ 321,75/@ também.
No cenário internacional, hoje se inicia o Ano Novo Lunar Chinês, com celebrações até 04/02/25, o que causou o recesso dos importadores e deixou o mercado quase parado. Em 2024, o Mercosul foi o principal exportador de carne bovina para a China, enviando 2,18 milhões de toneladas. Contudo, as festividades podem estar impactando as exportações brasileiras, que caíram 33,99% na terceira semana de jan/25, o pior desempenho desde abr/23. Com isto, os exportadores aguardam a segunda quinzena de fev/25 para analisar o consumo e os estoques na China e ajustar suas ações no mercado.
Milho 
No mercado interno, o milho registrou alta de 0,59%, atingindo R$ 74,49, acompanhando o movimento positivo dos contratos futuros. Impulsionados pela alta das cotações externas da commodity e pelo risco associado à janela de semeadura do milho safrinha no Brasil, os futuros do cereal registraram valorizações nesta quarta-feira na B3, apesar da estabilidade do dólar frente ao real. O contrato março/25 (CCMH25) avançou 1,16%, fechando o pregão regular de 29/01 cotado a R$ 75,72/sc.
Altas superiores a 2% marcaram os futuros de milho na última quarta-feira em Chicago, influenciadas por um conjunto de fatores, incluindo a firme demanda externa pelo milho norte-americano, a redução na oferta na Argentina e as preocupações com a segunda safra de milho no Brasil. O contrato março/25 (CH25) subiu 2,42%, encerrando a sessão diurna de 29/01 a US$ 4,97/bu.
Soja 
Em Paranaguá/PR, os preços da soja encerraram em alta de 0,51%, com a saca cotada a R$ 130,70. O avanço reflete não apenas o impulso do mercado internacional, mas também as adversidades climáticas nas regiões produtoras, onde as chuvas intensas têm dificultado o ritmo da colheita.
Os futuros da soja em grão acumularam ganhos ao longo da última quarta-feira na CBOT. As condições climáticas adversas na Argentina, o atraso na colheita de soja no Brasil e a forte alta dos derivados da oleaginosa em Chicago contribuíram para a valorização do grão. O contrato março/25 (ZSH25) avançou 1,48%, encerrando a sessão regular de 29/01 a US$ 10,61/bu.