Milho
Confirmada a vitória de Jair Bolsonaro como o presidente eleito, o dólar inicia a semana no menor patamar desde maio deste ano. O recuo de 1,30% leva o câmbio para R$ 3,60 (29/out).
Na esteira, os preços futuros acumulam importante desvalorização nesta manhã, com os principais vencimentos caindo em torno de 0,50 ponto.
Com a possibilidade do dólar se manter enfraquecido nas próximas semanas, o volume de milho destinado ao mercado doméstico pode se ampliar, mantendo pressionada as cotações do cereal.
Portanto, o mercado futuro continua projetando a matéria-prima entre R$ 34,00 e R$ 35,00/sc até o 1º trimestre de 2019.
Com o milho mais barato e produtores atentos ao plantio da soja, as negociações no físico continuam lentas. Mas apesar da baixa liquidez, o indicador do CEPEA continua cedendo, com a última referência recuando 1,14% para R$ 34,55/sc.
Ainda nesta semana falaremos sobre a pressão para as cotações do cereal também nos outros estados. Por fim, nesta tarde deverá ser divulgado as exportações semanais, com expectativas de exportações menores.
Boi gordo
A virada do mês e o feriado do dia 2 de novembro podem sustentar os preços do boi gordo ao longo desta semana.
A oferta de animais do segundo giro segue firme, mas o desempenho do consumo pela virada do mês poderá oferecer suporte às cotações que se enfraqueceram nas últimas semanas.
Já ao longo de novembro, a pressão negativa deve dar espaço a um cenário de maior estabilidade. Especialmente se confirmado avanço do consumo, aliada a expectativa de gradual queda da oferta de animais de confinamento.
O MDIC divulgará na tarde de hoje (29/out) as exportações semanais. Ao longo deste semestre, os embarques de carne bovina in natura seguem em ritmo acelerado. Se o volume médio das três primeiras semanas se repetir, outubro exportará um total de 149,40 mil toneladas.
Na última sexta-feira (26/out), o indicador do boi gordo Esalq/BM&F recuou para R$ 147,50/@ (-0,30%). No mercado futuro da B3, o contrato com vencimento em outubro subiu R$ 0,45/@, para R$ 147,20/@ (+0,31%).
Soja
O enfraquecimento do dólar frente ao real também pressiona para baixo as cotações da oleaginosa no mercado doméstico.
Enquanto o dólar recua 1,40% na comparação semanal, a matéria-prima em Paranaguá acumula queda de 2,15% no mesmo período, com referência ao redor de R$ 87,70/sc. Em Rondonópolis/MT a soja também cai ao redor de 2,00%, com parcial em R$ 71,00/sc.
Os prêmios nos portos também refletiram o dólar menor, para os embarques saindo de Paranaguá em abril e maio/19 os prêmios estão em US$ 0,80/bushel. Há 30 dias estavam em US$ 0,90/bushel.
A ponta consumidora se mostra relativamente confortável para os próximos meses, o que projeta cotações da soja em patamares levemente menores, especialmente com o real mais fortalecido.
Por outro lado, a restrita disponibilidade da matéria-prima no mercado interno e a demanda internacional colaboram para limitar as quedas.
Por fim, Chicago continua com volatilidade e pressionado para baixo. Entretanto, busca corrigir os recuos da semana anterior, subindo ao redor de 4,00 pontos nesta manhã (29/out).
Cotações parciais
Boi gordo
Out/18: 147,15 / -0,05
Nov/18: 147,30 / 0,15
Dez/18: 149,00 / 0,50
Jan/18: 147,80 / 0,00
Milho
Nov/18: 34,80 / -0,14
Jan/19: 35,25 / -0,45
Mar/19: 35,30 / -0,45
Mai/19: 34,29 / -0,11
Soja – B3
Nov/18: 19,21
Soja – Mini contrato – CME (B3)
Nov/18: 18,66 / 0,01
Jan/19: 18,93 / 0,00
Mar/19: 19,27 / 0,00
Soja – CBOT
Nov/18: 848,50 / 3,50
Jan/19: 861,75 / 4,00
Mar/18: 875,25 / 4,25
Mai/19: 889,00 / 4,25
Dólar comercial: 3,63
Dólar Futuro
Nov/18: 3635,50 / -9,00
Dez/18: 3635,00 / -18,00
Jan/18: 3715,34 / 0,00
Ao longo do dia traremos mais negócios realizados nas praças de importância.
Bons negócios!